O Portal Mz Notícias entrou em contado com os investigadores do Caso irmãos Vasconcellos que foram assassinados na manhã desta sexta-feira (25) no Parque Industrial de Ponta Grossa. Veja mais em: Identificados irmãos caminhoneiros que foram assassinados no Distrito Industrial em PG – MZ Notícia

O delegado responsável pela investigação, Dr. Lucas Andraus, informou que testemunhas relataram que o suspeito do assassinato teria provocado um dos irmãos, dirigindo-lhe insultos

Durante os trabalhos, foi ouvida também uma testemunha presencial do ocorrido. Segundo ela, o motivo da discussão seria o fato de que os caminhões dos irmãos estariam obstruindo a passagem do caminhão do autor. O autor teria provocado um dos irmãos, dirigindo-lhe insultos (“filho da puta”).

Após os insultos, um dos irmãos teria ido tirar satisfação com o agressor, que tentou desferir golpes de facão. A vítima teria segurado o facão, mas levou golpes de faca enquanto tentava se defender.

O rapaz, desarmado, dirigiu-se ao caminhão do autor para “tirar satisfações”, sem que houvesse qualquer agressão física inicial. Durante a discussão, o autor teria saído de seu veículo portando um facão na mão esquerda e uma faca na cintura. De acordo com a testemunha, o homem tentou segurar o facão, momento em que autor sacou a segunda faca e desferiu golpes contra o abdômen da vítima. Em seguida, o outro irmão, ao ver a vítima desfalecida, investiu contra o agressor, golpeando-o com socos no rosto. O autor, então, também teria atacado o outro irmão com facadas, resultando em seu óbito.

O suspeito 

O suspeito do assassinato dos irmãos, já tinha passagem pela polícia:

O autor, que já ostentava passagem por porte ilegal de arma de fogo no estado de MG, foi ouvido na presença de seu advogado e optou por permanecer em silêncio.

As vítimas não estavam armadas 

Os irmãos Vasconcellos estavam desarmados, logo isso afasta a hipótese de legítima defesa

Considerando que, conforme os elementos de informação coligidos, os irmãos encontravam-se desarmados e não agiram em confronto simultâneo ou em superioridade numérica contra o autor, mas sim de forma sucessiva, circunstância que afasta eventual alegação de legítima defesa, notadamente porque, ao menos em tese, existiam meios menos lesivos para encerrar a discussão iniciada e evidenciou-se a manifesta desproporção entre a reação do autor e as condutas das vítimas, foi ratificada a voz de prisão em flagrante dada pelos policias militares.

A prisão 

O autor foi autuado em flagrante por duplo homicídio qualificado pelo motivo fútil (artigo 121, §2º, inciso II, por duas vezes, na forma do artigo 69, ambos do CP), sendo encaminhado à cadeia pública e ficando à disposição da Justiça.

As investigações seguirão pelo Setor de Homicídios da 13ª SDP, para apuração de todas as circunstâncias do fato.