O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), votou nesta sexta-feira (8) para manter a prisão de Domingos Brazão, conselheiro do Tribunal de Contas do Rio de Janeiro (TCE-RJ), acusado de ser o mandante do assassinato da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes em 2018.
A decisão de Moraes foi proferida em um julgamento virtual, no qual a defesa de Brazão tentava reverter a ordem de prisão emitida em março deste ano. O conselheiro segue detido em uma penitenciária federal em Porto Velho.
O ministro argumentou que a prisão preventiva deve ser mantida devido a suspeitas de que Brazão teria interferido nas investigações do crime. “A presença de elementos indicativos da ação do agravante para obstruir as investigações (fatos que estão sendo objeto de apuração autônoma, no Inq 4.967/RJ, de minha relatoria), também reforçam a necessidade da manutenção da sua prisão preventiva e impedem a sua substituição por medidas cautelares diversas da prisão”, afirmou Moraes.
Além de Domingos Brazão, seu irmão, o deputado federal Chiquinho Brazão, e o ex-chefe da Polícia Civil do Rio, Rivaldo Barbosa, também estão presos sob acusação de envolvimento no crime. A investigação aponta que a morte de Marielle estaria ligada à oposição da vereadora aos interesses políticos do grupo dos irmãos Brazão, com possíveis conexões com milícias cariocas.
Com informações: Agência Brasil| Foto: © Alerj