O novo Boletim InfoGripe divulgado pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) nesta quinta-feira (14) destaca um aumento na ocorrência de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) na maior parte do país, em todas as faixas etárias analisadas. Esse quadro é atribuído à circulação de diversos tipos de vírus, incluindo o Sars-CoV-2 (covid-19), influenza (gripe), vírus sincicial respiratório (VSR) e rinovírus.
Segundo o boletim, referente à Semana Epidemiológica (SE) 10 (de 3 a 9 de março), os casos de SRAG por covid-19 aumentaram nos estados do Centro-Sul. Por outro lado, em Goiás, Rio de Janeiro e São Paulo, houve uma desaceleração no crescimento de SRAG em idosos nas últimas semanas. Os casos de SRAG por influenza A (gripe) aumentaram em estados do Nordeste, Sudeste e Sul, muitas vezes ocorrendo em conjunto com o aumento por covid-19 nessas regiões.
Além disso, os casos associados ao VSR estão em crescimento em estados de todas as regiões brasileiras. A SRAG continua afetando crianças de até dois anos de idade, com o VSR sendo o principal agente desse aumento de casos. O vírus influenza também está contribuindo para o aumento da ocorrência de SRAG em crianças, pré-adolescentes e idosos.
A incidência de SRAG por covid-19 continua impactando mais as crianças pequenas e a população com 65 anos ou mais, enquanto a mortalidade associada à SRAG permanece significativamente mais alta entre os idosos, com predominância de casos de covid-19.
Marcelo Gomes, coordenador do InfoGripe, ressaltou que o recente aumento nos casos do grupo de 5 a 14 anos pode estar relacionado ao rinovírus, à influenza e ao Sars-CoV-2 (covid-19). Entre os casos positivos registrados neste ano, 10,1% foram de influenza A, 0,3% de influenza B, 12,7% de VSR e 65,4% de Sars-CoV-2 (covid-19). Nas últimas quatro semanas epidemiológicas, a prevalência entre os casos positivos foi de 14,2% para influenza A, 0,3% para influenza B, 14,5% para VSR e 61,1% para Sars-CoV-2 (covid-19).
Com imagem e informações: Agência Brasil