Lideranças ciganas, das etnias Rom e Calon, participaram nesta segunda-feira (23) do encontro promovido pelo Governo do Estado para discutir políticas de promoção da igualdade étnico-racial para essa população. Os ciganos puderam expor suas necessidades e luta em busca de mais espaço e oportunidades.
Foi o 1º Seminário dos Povos Ciganos e Direitos Humanos, realizado pela Secretaria da Mulher, Igualdade Racial e Pessoa Idosa (Semipi), por meio de sua Diretoria de Igualdade Racial, Povos e Comunidades Tradicionais. Participaram do evento gestores públicos, pessoas engajadas ou comprometidas com a luta pelos povos e comunidades tradicionais, além de estudantes e sociedade em geral.
A atuação histórica de órgãos na garantia de direitos aos povos ciganos e “História, Cultura e Invisibilidade: Povos Ciganos e suas lutas em busca de reconhecimento”, foram os principais temas do seminário.
A representante do Ministério da Igualdade Racial, Dara Batista dos Santos, também enalteceu o evento. “O estatuto é muito importante para nós ciganos. Ele garante os nossos direitos e nos tira da invisibilidade. Os povos ciganos têm muito a oferecer e nos falta oportunidade. Por isso, precisamos, juntos, correr atrás e lutar pelo nosso espaço”, ressaltou.
REPRESENTATIVIDADE – A representante da Confederação Brasileira Cigana, Nardi Casanova, cigana calon, pediu mais respeito e reconhecimento. “Precisamos ser respeitados como uma etnia, como um povo tradicional, além de uma notoriedade cultural, social, econômica, além da contribuição histórica que o povo cigano dá há mais de 500 anos. O progresso somos todos nós, que nos reunimos em eventos como esse de hoje para discutir política para o nosso povo, para que deixemos de ser invisíveis”, declarou.
PRESENÇAS – Além de representantes de ciganos das etnias Rom e Calom, também estiveram presentes a diretora acadêmica do UniBrasil, Marcia Maria Coelho; do Ministério Público Federal, Luciano Mariz Maia; do Ministério da Saúde, Karoline Martins Moreira; do Escritório Nacional do Ministério da Cultura, Loa Campos; da Defensoria Pública do Estado, Camille Vieira da Costa; o presidente do Conselho Estadual de Povos e Comunidades Tradicionais do Paraná, Gustavo Mussi; a presidente do Conselho Estadual dos Direitos da Mulher, Ivanete Xavier; o representante do Conselho Nacional de Promoção da Igualdade Racial (CNPIR), Marcos Gattas; a diretora de Política para Mulheres da Semipi, Mariana Neris.