O governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro, e representantes do Governo Federal anunciaram, na quarta-feira (29), uma parceria inédita para intensificar o combate ao crime organizado no estado. O acordo foi definido durante uma reunião no Palácio Guanabara, que ocorreu após a operação policial mais letal da história do Rio, com 121 mortos e 113 prisões.
Durante o encontro, foi anunciada a criação de um Escritório Emergencial de Enfrentamento ao Crime Organizado, que terá como objetivo centralizar informações e coordenar ações estratégicas entre as forças de segurança estaduais e federais.
“Se o problema é nacional, o Rio de Janeiro é um dos principais focos. Daqui saiu uma proposta concreta: a criação de um escritório emergencial para enfrentar o crime organizado”, afirmou Cláudio Castro ao lado de ministros do governo federal.
O novo órgão será composto por policiais civis e militares, agentes federais e técnicos de inteligência, que atuarão em conjunto para compartilhar dados em tempo real e planejar operações integradas. A intenção é superar entraves burocráticos e garantir respostas mais rápidas e coordenadas às ações das facções criminosas.
Castro destacou que o foco será integrar as inteligências das forças de segurança e reduzir falhas de comunicação entre os órgãos. “As ações agora serão 100% integradas, respeitando as competências de cada instituição, mas eliminando barreiras que dificultam a eficiência do trabalho”, completou o governador.
A reunião também contou com a presença do ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski, e buscou alinhar as relações entre os governos estadual e federal, após divergências em torno do apoio às operações no Rio.
Segundo o governo estadual, o Escritório Emergencial de Enfrentamento ao Crime Organizado funcionará como um núcleo permanente de cooperação e deverá iniciar suas atividades nos próximos dias, com acompanhamento direto de representantes federais.
Com a iniciativa, o Rio de Janeiro e o Governo Federal pretendem inaugurar uma nova fase da política de segurança pública, marcada pela coordenação entre esferas de poder e pela promessa de mais transparência e eficiência nas operações realizadas no estado.





