Claudio Dalledone Jr se defende em coletiva após condenação: “Não sou ladrão, nunca peguei dinheiro de ninguém
Paraná Policial

Claudio Dalledone Jr se defende em coletiva após condenação: “Não sou ladrão, nunca peguei dinheiro de ninguém

05/07/2024 | 21:45 Por Redação Modificado em 05, julho, 2024 8:11

 

O advogado Claudio Dalledone Junior realizou uma coletiva de imprensa nesta sexta-feira (05) para abordar sua recente condenação no processo envolvendo desvios de indenizações a pescadores em Paranaguá, no litoral do Paraná. Dalledone, condenado por corrupção passiva e lavagem de dinheiro, afirmou ser inocente e classificou a sentença como “absurda sob qualquer ponto de vista”, comprometendo-se a recorrer da decisão. Ele acrescentou: “Absurda essa sentença condenatória em meu desfavor que ainda me obriga a colocar uma tornozeleira. Vou entrar com uma ordem de habeas corpus possivelmente… Ou não, também não tenho receio de enfrentar aquilo que a Justiça determinar, mas sou inocente. Não sou ladrão, nunca peguei dinheiro de ninguém, não preciso pegar dinheiro de pescador. Sem pé, nem cabeça essa sentença e que vai ter seus efeitos reconsiderados pelas instâncias superiores”. A sentença proferida pelo juiz Leonardo Marcelo Mounic Lago da 1ª Vara Criminal de Paranaguá prevê 11 anos, um mês e 22 dias de prisão em regime inicialmente fechado, além de multa, mas Dalledone poderá recorrer em liberdade e tem cinco dias para começar a usar tornozeleira eletrônica.

Segundo as investigações, o juiz aposentado Hélio Tsutomu Arabori, o cartorário Ciro Antônio Taques, o servidor público Arival Tramontin Ferreira Júnior e o advogado Marcos Gustavo Anderson eram os líderes da quadrilha que desviava indenizações pagas pela Petrobras a pescadores após desastres ambientais na região entre 2001 e 2004. Dalledone Junior, acusado de ter conhecimento dos esquemas milionários de corrupção, representava o grupo e foi incluído no processo conforme a denúncia do Ministério Público do Paraná (MPPR).

A denúncia detalha que o esquema envolvia a liberação de alvarás pelo juiz Arabori, que exigia uma porcentagem das indenizações e dos honorários da advogada Cristiane Uliana, representante das vítimas. Muitos pescadores lesados nunca receberam o dinheiro devido. Dalledone defendeu-se, afirmando: “Estou sendo criminalizado por ter exercido a minha função de advogado. Essa pessoa que pegou dinheiro de pescadores se chama Cristiane Uliana e isto está no meu depoimento. Ela me procurou enquanto suspeita para ter auxílio advocatício e eu funcionei para ela como advogado e ganhei honorários por isso. Não tenho receio de enfrentar essa acusação dessa ladra imoral. Não há nenhuma prova além da mentirosa versão dela”.

Dalledone acredita que a acusação contra ele é uma retaliação de seus desafetos e que a Justiça “engoliu” a versão deles. Ele reafirmou sua determinação em enfrentar o processo e buscar a reversão da condenação nas instâncias superiores.

Com informações: Banda B

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