O Conselho Nacional de Justiça (CNJ) determinou nesta quarta-feira (17) o afastamento do desembargador Luís Cesar de Paula Espíndola, do Tribunal de Justiça do Paraná (TJPR). O magistrado será investigado por um discurso considerado “preconceituoso e misógino” durante uma sessão de julgamento realizada em 3 de julho.
Durante o julgamento de um caso de assédio envolvendo uma menor de 12 anos, o desembargador afirmou que as “mulheres estão loucas atrás dos homens” e criticou o que chamou de “discurso feminista desatualizado”. Além disso, votou contra a concessão de medida protetiva à adolescente.
A decisão de afastamento foi motivada por uma ação da seccional da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) no Paraná. O corregedor nacional de Justiça, ministro Luís Felipe Salomão, considerou que o desembargador não pode continuar no cargo, especialmente na presidência da 12ª Câmara Cível, responsável pelo julgamento de causas familiares.
Em nota divulgada após o episódio, o desembargador esclareceu que não teve a intenção de “menosprezar o comportamento feminino”. Ele afirmou que sempre defendeu a igualdade entre homens e mulheres, lamentando o ocorrido e solidarizando-se com aqueles que se sentiram ofendidos com a divulgação parcial do vídeo da sessão.
Com informações: Agência Brasil
Foto: Rafa Neddermeyer/Agência Brasil