Nesta quarta-feira (20), às 11h, será instalada a Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) que investigará os descontos ilegais em benefícios do Instituto Nacional de Serviço Social (INSS). O início dos trabalhos foi confirmado na semana passada pelo presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP).
O colegiado, criado em junho, será formado por 16 senadores e 16 deputados titulares, além de 32 suplentes. A comissão terá prazo inicial de funcionamento de até 180 dias, com custo estimado em R$ 200 milhões.
A presidência deve ficar com o senador Omar Aziz (PSD), aliado do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. A escolha é resultado de um acordo político costurado entre lideranças do Congresso, embora encontre resistência na oposição. Nos bastidores, porém, a indicação é considerada praticamente certa.
Já a relatoria ficará a cargo do deputado Ricardo Aires (Republicanos), próximo ao presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB). Ele será o responsável por conduzir a elaboração do relatório final com as conclusões da comissão.
A expectativa é de que a CPMI concentre suas primeiras reuniões em definir o plano de trabalho e aprovar a lista de convocações para depoimentos. O tema já gera mobilização entre governo e oposição, que pretendem usar o espaço para embates políticos ao longo da investigação.