Datena diz que não se arrepende de agressão em debate e que faria de novo
Brasil Política

Datena diz que não se arrepende de agressão em debate e que faria de novo

16/09/2024 | 16:45 Por Redação Modificado em 16, setembro, 2024 3:42

 

Em comunicado divulgado na manhã desta segunda-feira (16), o candidato à Prefeitura de São Paulo, José Luiz Datena (PSDB), afirmou que não se arrepende da agressão cometida contra o candidato Pablo Marçal (PRTB) durante o debate da TV Cultura, realizado no domingo (15). Datena arremessou uma cadeira em Marçal após ser provocado pelo adversário.

“Errei, mas de forma alguma me arrependo. Preferia, sinceramente, que o episódio não tivesse ocorrido. Mas, fossem as mesmas circunstâncias, não deixaria de repetir o gesto, resposta extrema a um histórico de agressões perpetradas a mim e a muitos outros por meu adversário”, declarou o apresentador.

O incidente ocorreu depois que Marçal provocou Datena mencionando o processo de assédio sexual que o jornalista enfrentou. Após a agressão, o empresário foi levado ao Hospital Sírio Libanês e passou a madrugada em observação.

Na nota, Datena ressaltou que “não defende o uso da violência para resolver um conflito”, mas justificou que a situação foi um momento extremo. O PSDB também apoiou o candidato, afirmando que o gesto expressou a “indignação” de Datena, que se sentiu repetidamente atacado verbal e moralmente.

 

Confira a nota na íntegra:

“Não defendo o uso da violência para resolver um conflito. Essa é a regra e sempre a respeitei nos meus 67 anos de vida. Até o dia de ontem.

Porque torna-se difícil obedecê-la quando os limites de civilidade são rompidos e corrompidos por um oponente. Infelizmente, foi o que aconteceu na noite deste domingo durante debate promovido pela TV Cultura.

Pablo Marçal demonstrou, em todas as situações a que teve oportunidade, sua falta de caráter. Demonstrou, ainda, que é uma ameaça à cidade de São Paulo. Será detido no voto.

Mas, a despeito disso, precisava também ser contido com atos. Foi o que eu fiz.

Eu sou um cara de verdade e, com um gesto extremo, porém humano, expressei minha real indignação por ter, de forma reiterada, sido agredido verbal e moralmente por um adversário que, como todos têm podido constatar, afronta a todos com desrespeito e ultraje, ao arrepio da ética e da civilidade.

As acusações que Marçal me fez diante de milhões de pessoas são graves. E absolutamente falsas.

Usando linguagem de marginais, algo que lhe é tão peculiar, feriu minha honra e maculou minha família, já machucada pela perda de um ente querido em decorrência do mesmo episódio, agora novamente imputado a mim de forma vil pelo meu adversário.

Errei, mas de forma alguma me arrependo. Preferia, sinceramente, que o episódio não tivesse ocorrido. Mas, fossem as mesmas as circunstâncias, não deixaria de repetir o gesto, resposta extrema a um histórico de agressões perpetradas a mim e a muitos outros por meu adversário.

Espero, com minha atitude, ter mostrado, de uma vez por todas, o risco que a candidatura de Pablo Marçal representa para a integridade das pessoas, para a nossa democracia e para a sobrevivência de milhões de cidadãos que dependem da atuação da prefeitura de São Paulo para ter uma vida menos indigna.

Espero, também, ter lavado a alma de milhões de pessoas que não aguentavam mais ver a cidade tratada com tanto desprezo e desamor por alguém que se propõe a governá-la, mas que quer mesmo é saqueá-la, de braços dados com o crime organizado.

Continuarei a disputa pela prefeitura de São Paulo para realizar meu sonho de fazer de São Paulo uma cidade melhor, que ofereça uma vida digna aos que mais precisam. E também para defender a nossa democracia ameaçada por figuras como Pablo Marçal que querem o obscurantismo e não o bem da cidade e de sua população.”

Com informações: CNN Brasil

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