O debate entre os candidatos à Prefeitura de São Paulo, promovido pela RedeTV! e pelo portal Uol na manhã de hoje (17), foi marcado por intensos conflitos, trocas de acusações e uma atmosfera de tumulto. O encontro, que começou às 10h20, estava carregado de tensão após o incidente ocorrido no debate da TV Cultura no domingo (15), quando José Luiz Datena agrediu Pablo Marçal (PRTB) com uma cadeira.
Durante o debate, Datena e Marçal discutiram o episódio da agressão. Marçal não poupou críticas e chamou o comportamento de Datena de “análogo a um orangotango”. Ele ainda acusou Datena de tentativa de homicídio e expressou sua insatisfação com a falta de solidariedade dos outros candidatos.
Datena, por sua vez, solicitou um direito de resposta e explicou que seu ato de agressão foi uma reação para defender sua família. Ele afirmou que não se orgulhava do ocorrido e acrescentou que não bateria em “covarde duas vezes”, tentando minimizar a violência do gesto.
O debate também foi interrompido temporariamente devido a um tumulto entre Ricardo Nunes (MSB) e Pablo Marçal. A moderadora precisou intervir com firmeza, ameaçando suspender ambos se o comportamento não cessasse. Desde o início, Marçal havia demonstrado descontentamento com o formato do debate, recusando-se a beber a água oferecida e utilizando apelidos para se referir aos adversários. Ele chamou Nunes de “Bananinha” e questionou sobre um boletim de ocorrência por violência doméstica envolvendo a esposa de Nunes em 2011, revelado pela Folha de S. Paulo em 2020.
Ricardo Nunes, por sua vez, atacou Marçal com base em sua condenação por furto qualificado em 2010, relacionada à Operação Pégasus da Polícia Federal, que visava desmantelar uma quadrilha de crimes virtuais.
Além de Datena e Marçal, participaram do debate os principais candidatos da eleição: Ricardo Nunes (MDB), Guilherme Boulos (PSOL), Tabata Amaral (PSB) e Mariana Helena (Novo), que assistiram ao acirrado confronto entre seus concorrentes.