O dólar comercial fechou em alta nesta segunda-feira (18), ultrapassando a marca de R$ 5 pela primeira vez desde outubro do ano anterior. A moeda norte-americana encerrou o dia sendo vendida a R$ 5,026, representando um aumento de R$ 0,028 (+0,57%). Essa valorização ocorreu em meio à cautela dos investidores em relação às definições das políticas de juros nos Estados Unidos e no Brasil.

No mercado de ações, o índice Ibovespa, da B3, apresentou certa instabilidade, fechando aos 126.954 pontos, com um leve acréscimo de 0,17%. Destacou-se a recuperação das ações de empresas mineradoras, impulsionadas pelo aumento na cotação internacional do minério de ferro. No entanto, as ações de petroleiras e companhias elétricas registraram queda.

A expectativa em torno das decisões sobre os juros nos dois países predominou no mercado financeiro. Na quarta-feira (20), tanto o Federal Reserve (Fed, o Banco Central dos Estados Unidos) quanto o Comitê de Política Monetária do Banco Central do Brasil (Copom) decidirão sobre as taxas básicas de juros.

Indicadores recentes apontam para uma recuperação da economia dos Estados Unidos, o que aumentou as especulações de que o Fed pode iniciar o corte das taxas de juros somente em junho. Taxas elevadas em economias desenvolvidas tendem a provocar a retirada de investimentos de países emergentes.

No Brasil, as expectativas são de que o Copom promova um novo corte de 0,5 ponto percentual na Taxa Selic. No entanto, dados que sugerem uma recuperação da economia brasileira, como a prévia do PIB divulgada pelo Banco Central nesta segunda-feira, aumentaram as chances de que o BC interrompa os cortes na Selic em junho. Uma redução menor do que a esperada pode incentivar a transferência de investimentos da bolsa de valores para aplicações de renda fixa.

Com informações: Reuters e Agência Brasil