Donos de clínica de reabilitação são indiciados por homicídio de Ricardo Oliveira Osinski em PG
Policial Ponta Grossa

Donos de clínica de reabilitação são indiciados por homicídio de Ricardo Oliveira Osinski em PG

23/06/2025 | 17:49 Por Redação MZ

Um casal de empresários, donos de uma clínica de reabilitação , chamada “Só por hoje” foram indiciados por homicídio qualificado e outros crimes sobre a morte de Ricardo de Oliveira Osinski, de 40 anos, encontrado morto em 26 de março deste ano, próximo à estrada do Alagado. A Polícia Civil do Paraná, por meio do Setor de Homicídios da 13ª Subdivisão Policial de Ponta Grossa, concluiu, no sábado (21), as investigações deste crime.

As investigações duraram três meses e revelaram complexo esquema criminoso envolvendo apropriação de recursos financeiros, cárcere privado e homicídio.  A vítima realizava tratamento para dependência de álcool na clínica terapêutica administrada pelo casal.

Além do casal, um ex-interno da clínica, de 25 anos, que posteriormente passou a residir com o casal, teria participado do crime. Eles foram indiciados  pelos crimes de homicídio qualificado (art. 121, §2º, incisos I, III, IV e V do Código Penal), cárcere privado (art. 148 do Código Penal), furto qualificado (art. 155, §4º, inciso II do Código Penal) e associação criminosa (art. 288 do Código Penal). O somatório das penas máximas previstas para os crimes pode chegar a 45 anos de reclusão.

As investigações revelaram um elaborado esquema criminoso, que teve início no dia 11 de março, após a vítima sofrer acidente em uma pousada.

Os suspeitos mantinham a vítima em cárcere privado após alta hospitalar, administraram medicamentos controlados sem prescrição médica para mantê-lo sedado e apropriaram-se sistematicamente de recursos financeiros.

A investigação apontou que  foram subtraídos R$ 143.645,75 das contas bancárias de Osinski. O homicídio foi ordenado e executado quando a descoberta dos desvios financeiros tornou-se iminente.

A Polícia Civil conseguiu implementar importantes medidas patrimoniais durante as investigações, bloqueando R$ 46.935,81 nas contas da vítima, impedindo que fossem subtraídos pelos criminosos, além de bloquear o montante de R$ 31.065,34 nas contas do casal e da clínica de reabilitação.

Os três indiciados encontram-se custodiados na Cadeia Pública Hildebrando de Souza, em Ponta Grossa.