Uma operação conjunta da Polícia Federal e Receita Federal, intitulada “Pirâmide de Ouro”, foi realizada na manhã desta quarta-feira (28) nos estados do Pará, Rondônia, Amazonas e Paraná, com o objetivo de desmantelar um esquema bilionário de venda ilegal de ouro. A investigação revelou um comércio clandestino do Norte para o Sudeste do país, estimado em mais de R$ 1 bilhão.
Três mandados de prisão foram emitidos, resultando na detenção de um suspeito em Curitiba, Paraná, conhecido por viajar repetidas vezes transportando ouro em voos comerciais, enquanto outros dois alvos continuam foragidos. Além disso, a ação incluiu buscas e apreensões em diversos endereços, incluindo uma igreja em Manaus.
Os agentes federais cumpriram mandados em Itaituba, Pará; em Porto Velho, Rondônia; Manaus, Amazonas e Curitiba. Documentos e uma quantia em dinheiro, ainda não contabilizada, foram apreendidos durante a operação. A Justiça Federal do Amazonas também decretou o sequestro de bens de 24 investigados no inquérito, relacionados a crimes como organização criminosa, lavagem de dinheiro e uso de documento falso.
A investigação teve início após a apreensão de 7,5 quilos de ouro no Aeroporto Internacional de Belém, em setembro de 2022. O passageiro envolvido, que não foi preso na ocasião, foi detido durante a operação desta quarta-feira. As apurações indicaram que, mesmo após o incidente no aeroporto, ele continuou transportando ouro em voos comerciais, utilizando empresas fictícias para legalizar as transações. A Receita Federal também colabora com as investigações, compartilhando informações relevantes para o caso.