Brasil Política

Estudo identifica fraudes em anúncios com imagens de ministros do STF

04/04/2024 | 22:45 Por Eduarda Malucelli Modificado em 04, abril, 2024 8:35

Um estudo conduzido pelo Laboratório de Estudos de Internet e Redes Sociais (NetLab) da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) identificou a veiculação de 981 anúncios ilegais envolvendo o Supremo Tribunal Federal (STF) e o Ministério da Justiça nas redes sociais da empresa Meta, que engloba plataformas como Facebook, Instagram e WhatsApp. Estes anúncios, veiculados entre setembro de 2023 e fevereiro de 2024, contêm fraudes, ataques diretos e até mesmo a exploração das imagens dos ministros e instituições para promover produtos e serviços. O estudo ressalta que tais conteúdos contribuem para ampliar a desconfiança em relação ao judiciário.

Entre os exemplos de fraudes citados, há casos em que a imagem de ministros do STF, como Alexandre de Moraes e Flávio Dino, foi usada para promover produtos financeiros e equipamentos para computadores, respectivamente. Além disso, foi identificada a promoção de um suposto livro sobre o ex-presidente Jair Bolsonaro, sugerindo censura por parte do governo e da imprensa. Os ministros Dias Toffoli, Gilmar Mendes e Alexandre de Moraes foram os mais frequentemente explorados nesses anúncios fraudulentos.

Os anúncios foram veiculados em 13 estados diferentes, com um investimento mínimo de R$ 85.510,58. Homens acima de 45 anos foram o público principal desses conteúdos, representando 36,5% do alcance, enquanto mulheres entre 18 e 34 anos constituíram 19,4%. O estudo alerta para o uso de microsegmentação, técnica que permite aos golpistas selecionar suas vítimas ideais com base em informações privadas.

Em resposta, a Meta afirmou que parte dos anúncios citados não possui natureza fraudulenta e que estão constantemente aprimorando sua tecnologia para combater atividades suspeitas. A empresa também ressaltou que colabora com as autoridades brasileiras, como o Ministério da Justiça, para reduzir a incidência de conteúdos fraudulentos e encoraja os usuários a denunciarem qualquer conteúdo que viole suas políticas.

 

Com imagem e informações: Agência Brasil

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