Um servidor comissionado da Câmara Municipal de Ponta Grossa está sendo acusado de exercer atividades particulares durante o horário de trabalho no Legislativo. A denúncia, que foi documentada e entregue à imprensa, aponta que Wellington Maikon Ferreira, nomeado para cumprir expediente das 12h30 às 18h30, estaria atuando como advogado em ações judiciais enquanto deveria estar desempenhando funções públicas.
Segundo os documentos obtidos, registros do sistema Projudi indicam que o servidor elaborou petições e participou de processos em horários que coincidem com seu turno na Câmara. A prática pode configurar improbidade administrativa, uma vez que o servidor estaria, na prática, se ausentando das suas obrigações no serviço público, comportamento semelhante ao de um “funcionário fantasma”.
Procurado pela reportagem, o presidente da Câmara, vereador Júlio Küller, informou que a situação será apurada. “Vamos iniciar uma investigação interna através de sindicância para tomar as medidas cabíveis”, afirmou.
Os vencimentos de Wellington superam R$ 5 mil. A reportagem apurou que vários despachos e manifestação em autos foram feitos por ele, em horário de expediente. Ele foi nomeado pela casa de leis no início do mês de março, e movimentou seus processos nos dias 10 de março, 24 de março, 1º de abril e 16 de abril.
O caso deve ser acompanhado de perto pelos órgãos de controle e pode gerar consequências administrativas e judiciais ao servidor.
Ainda, o mesmo advogado já responde por outras irregularidades, inclusive com ação de improbidade administrativa em trânsito, que serão apuradas em breve pela reportagem.
