Fiocruz alerta para aumento da taxa de suicídio entre crianças e jovens no Brasil
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Fiocruz alerta para aumento da taxa de suicídio entre crianças e jovens no Brasil

26/02/2024 | 20:20 Por Eduarda Malucelli Modificado em 26, fevereiro, 2024 5:40

Um estudo realizado pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz Bahia) revelou um aumento alarmante na taxa de suicídio entre crianças e jovens no Brasil. Segundo os dados analisados, a taxa de suicídio entre jovens cresceu 6% ao ano no período de 2011 a 2022, enquanto as notificações de autolesões na faixa etária de 10 a 24 anos aumentaram em 29% ao ano no mesmo período.

Os resultados, publicados na revista The Lancet Regional Health – Americas, foram obtidos a partir da análise de quase 1 milhão de dados pelo Centro de Integração de Dados e Conhecimentos para Saúde (Cidacs) da Fiocruz Bahia, em colaboração com pesquisadores de Harvard. A pesquisa utilizou informações do Sistema de Informações sobre Mortalidade (SIM), do Sistema de Informações Hospitalares (SIH) e do Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan), do Ministério da Saúde.

De acordo com os pesquisadores, as taxas de notificação por autolesões aumentaram em todas as regiões do Brasil durante o período analisado. Além disso, o estudo também apontou um aumento de 3,7% ao ano na taxa de suicídio em toda a população, indicando uma preocupante tendência de crescimento.

A pesquisa também investigou as disparidades étnicas e raciais no que diz respeito aos suicídios e autolesões. Embora as taxas de notificação tenham aumentado em todas as categorias analisadas, a população indígena foi a mais afetada, com mais de 100 casos a cada 100 mil pessoas. No entanto, apesar do alto número de notificações, a população indígena apresentou taxas de hospitalização mais baixas.

Diante desse cenário preocupante, é fundamental oferecer apoio emocional e prevenção do suicídio. O Centro de Valorização da Vida (CVV) oferece assistência gratuita e sigilosa por meio do telefone 188 e do chat, disponíveis em horários específicos durante toda a semana. Além disso, outros canais, como o Mapa da Saúde Mental e o Pode Falar, fornecem ajuda e suporte de forma anônima e gratuita para adolescentes e jovens.

 

Com informações: Agência Brasil

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