O funcionário que revelou um caso de agressão contra uma jovem com síndrome de Down na Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (Apae) de Irati, no Paraná, foi demitido pela instituição. Ele havia informado a família da vítima sobre o incidente, que posteriormente registrou um boletim de ocorrência na Polícia Civil (PC-PR).
A agressão, que foi gravada por uma câmera de segurança no dia 15 de maio, só chegou ao conhecimento dos pais da jovem no dia 23 de maio, graças à denúncia do funcionário. A investigação concluiu com o indiciamento da professora Cleonice Aparecida Alessi Glinski por maus-tratos e violência arbitrária. A vítima, de 19 anos, não se comunica verbalmente.
O delegado Rafael Rybandt, que conduziu a investigação, afirmou que o funcionário demitido colaborou integralmente com a polícia e não era alvo das investigações. Ele justificou sua ação direta à família por temer represálias dentro da instituição. Após 28 anos de serviço, o funcionário foi demitido na segunda-feira (10) e está abalado com a decisão.
Em nota, a Apae não esclareceu o motivo específico para a demissão, mencionando apenas que as mudanças no quadro de funcionários são uma prerrogativa administrativa. A mesma nota revelou que outro funcionário, indiciado por corrupção passiva privilegiada por não denunciar a agressão, também foi demitido. O Ministério Público do Paraná (MP-PR) foi informado sobre os indiciamentos e decidirá se apresentará denúncia formal à Justiça.
Com informações: G1 Paraná