O ginecologista Hilton José Pereira Cardim, suspeito de abusar sexualmente de pacientes em seu consultório em Maringá, no norte do Paraná, enfrentará acusações de violação sexual mediante fraude em 34 casos, de acordo com o inquérito concluído pela Polícia Civil. O caso envolve pelo menos 43 mulheres que apresentaram denúncias contra o médico, as quais foram ouvidas durante a investigação. Cardim está sob prisão preventiva desde 11 de março, cumprindo pena na cadeia pública de Maringá, enquanto é investigado por um total de 58 crimes.
A defesa de Hilton declarou não ter acesso ao processo, que está sob sigilo, e afirmou que o médico nega veementemente as acusações feitas contra ele. Além disso, a defesa argumentou que a prisão não atende aos requisitos legais estabelecidos. De acordo com a delegada Paloma Gonçalves, os abusos teriam ocorrido dentro das instalações do consultório do profissional, conforme relatado pelas vítimas durante as denúncias recebidas.
Os casos de abuso teriam acontecido ao longo dos anos de 2011, 2015, 2019, 2022 e 2023, de acordo com as informações das vítimas. Em resposta às denúncias, o Conselho de Medicina anunciou a abertura de uma sindicância para investigar o possível desvio ético do médico. Já a Universidade Estadual de Maringá (UEM) declarou que aguardará os desdobramentos do caso antes de tomar qualquer medida.