Golpistas de esquema de pirâmide fazem mais de 400 vítimas em Ponta Grossa
Paraná Policial Ponta Grossa

Golpistas de esquema de pirâmide fazem mais de 400 vítimas em Ponta Grossa

11/07/2024 | 17:10 Por Redação Modificado em 11, julho, 2024 4:33

A Polícia Civil de Ponta Grossa, está investigando um esquema de pirâmide financeira que, em apenas uma semana, já recebeu mais de 400 denúncias. De acordo com a polícia, os golpistas pedem que as vítimas façam depósitos, prometendo o dobro do valor investido como lucro.

Dois suspeitos de atrair vítimas para o esquema estão sendo investigados. Eles foram interrogados na terça-feira (10) e tiveram cerca de R$ 1 milhão bloqueado em contas bancárias. Segundo o delegado Gabriel Munhoz, que conduz a investigação, um terceiro suspeito deve ser interrogado nesta sexta-feira (12), e a polícia está focada em identificar os líderes do esquema.

“A gente acredita que esses indivíduos que orquestraram esse aplicativo e disseminam ele ao longo do país integram uma organização criminosa que depende de um número bem grande de pessoas para que seja efetivada essa operação”, afirmou o delegado Munhoz. As denúncias revelam que os prejuízos podem chegar a R$ 20 mil por pessoa, mas o valor pode ser ainda maior devido à amplitude do golpe.

Os dois suspeitos já identificados vão responder em liberdade, pois não foram apontados como os líderes do golpe. Eles podem ser acusados de crimes contra a economia popular, com penas de até dois anos de prisão. A polícia não descarta o indiciamento por outros crimes, como lavagem de dinheiro e organização criminosa, conforme avançam as investigações.

Esquemas de pirâmide financeira funcionam atraindo mais pessoas para um “negócio”, onde cada participante deve investir um valor. O dinheiro dos novos membros é usado para pagar os mais antigos, oferecendo lucros altos e irreais. Porém, eventualmente, o esquema se torna insustentável e colapsa, deixando a maioria dos participantes no prejuízo.

No caso de Ponta Grossa, as vítimas eram atraídas com duas promessas: um depósito inicial de R$ 100, R$ 200 ou R$ 500, com a promessa de resgatar o dobro em 30 dias, e ganhos maiores ao trazer novos membros para o esquema. As denúncias começaram a surgir após o colapso do esquema, quando os golpistas suspenderam os saques por três dias devido a uma “instabilidade” na plataforma e depois desapareceram, deixando os investidores sem respostas e sem o dinheiro prometido.

 

Com informações: G1 Paraná

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