A Polícia Civil de Ponta Grossa, está investigando um esquema de pirâmide financeira que, em apenas uma semana, já recebeu mais de 400 denúncias. De acordo com a polícia, os golpistas pedem que as vítimas façam depósitos, prometendo o dobro do valor investido como lucro.
Dois suspeitos de atrair vítimas para o esquema estão sendo investigados. Eles foram interrogados na terça-feira (10) e tiveram cerca de R$ 1 milhão bloqueado em contas bancárias. Segundo o delegado Gabriel Munhoz, que conduz a investigação, um terceiro suspeito deve ser interrogado nesta sexta-feira (12), e a polícia está focada em identificar os líderes do esquema.
“A gente acredita que esses indivíduos que orquestraram esse aplicativo e disseminam ele ao longo do país integram uma organização criminosa que depende de um número bem grande de pessoas para que seja efetivada essa operação”, afirmou o delegado Munhoz. As denúncias revelam que os prejuízos podem chegar a R$ 20 mil por pessoa, mas o valor pode ser ainda maior devido à amplitude do golpe.
Os dois suspeitos já identificados vão responder em liberdade, pois não foram apontados como os líderes do golpe. Eles podem ser acusados de crimes contra a economia popular, com penas de até dois anos de prisão. A polícia não descarta o indiciamento por outros crimes, como lavagem de dinheiro e organização criminosa, conforme avançam as investigações.
Esquemas de pirâmide financeira funcionam atraindo mais pessoas para um “negócio”, onde cada participante deve investir um valor. O dinheiro dos novos membros é usado para pagar os mais antigos, oferecendo lucros altos e irreais. Porém, eventualmente, o esquema se torna insustentável e colapsa, deixando a maioria dos participantes no prejuízo.
No caso de Ponta Grossa, as vítimas eram atraídas com duas promessas: um depósito inicial de R$ 100, R$ 200 ou R$ 500, com a promessa de resgatar o dobro em 30 dias, e ganhos maiores ao trazer novos membros para o esquema. As denúncias começaram a surgir após o colapso do esquema, quando os golpistas suspenderam os saques por três dias devido a uma “instabilidade” na plataforma e depois desapareceram, deixando os investidores sem respostas e sem o dinheiro prometido.
Com informações: G1 Paraná