O Governo do Paraná pediu, nesta quarta-feira (5), a prisão da presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Educação Pública do Paraná (APP-Sindicato), Walkiria Olegário Mazeto, por descumprimento de uma decisão judicial que ordenava o fim da greve dos professores da rede estadual. A paralisação começou na segunda-feira (3) em protesto contra um projeto de lei que prevê a terceirização de 204 escolas públicas no estado.
A solicitação de prisão foi feita pela procuradora do estado, Mariana Carvalho Waihrich, ao desembargador Marcelo Wallbach Silva, do Tribunal de Justiça do Paraná (TJ-PR). Além da prisão, o documento pede a aplicação de multas diárias de R$ 10 mil para Walkiria e de R$ 100 mil para o sindicato, caso a greve continue.
Walkiria respondeu às ações do governo, chamando-as de práticas antissindicais contra o APP-Sindicato e todos os movimentos de luta. Ela afirmou que a greve foi mantida mesmo após uma liminar da desembargadora Dilmari Helena Kessler, emitida em 1º de junho, que determinava a suspensão da paralisação.
Na petição, a Procuradoria Geral do Estado (PGE) alega que Walkiria continuou incentivando a greve através de discursos e redes sociais, causando danos ao patrimônio público. O governo também solicita um aumento da multa diária ao sindicato, de R$ 10 mil para R$ 100 mil, alegando que o valor anterior não foi suficiente para interromper a greve.
A greve começou no mesmo dia da primeira votação do projeto de lei (PL) sobre a terceirização, que foi sancionado pelo governador Ratinho Junior após a aprovação na Assembleia Legislativa do Paraná. Segundo o APP-Sindicato, 70% dos professores aderiram à greve, enquanto a Secretaria de Estado da Educação (Seed-PR) afirma que 95% dos professores estão trabalhando.
Com informações: G1 Paraná Foto: Giuliano Gomes/PR Press