Um homem de 52 anos, condenado pelo assassinato da esposa em 1997, foi preso na zona rural de Diamante do Sul, oeste do Paraná, nesta quinta-feira (28). Desde o crime, ele vivia com identidade falsa e formou uma nova família, que desconhecia seu passado. O caso veio à tona após investigações da Polícia Civil de Palmital, cidade onde o homicídio ocorreu.

Segundo o delegado Márcio Cristiano da Silva da Rocha, o suspeito, identificado como José Airtom Lucas, viveu com a atual companheira por 19 anos e teve dois filhos, todos registrados com o nome falso que ele adotou após o crime. “Assim que ele cometeu o crime, furtou documentos de um idoso em Laranjal e assumiu essa nova identidade. Sua esposa e filhos acreditavam que esse era seu verdadeiro nome”, explicou o delegado.

O crime de 1997 aconteceu após uma discussão conjugal, quando o homem desferiu cinco facadas na esposa. Após o assassinato, ele fugiu levando um dos filhos do casal. Atualmente, mantém contato com os dois filhos do primeiro casamento, que, segundo a polícia, sabiam do paradeiro e dos atos do pai. Além disso, ele tem um mandado de prisão em aberto por outro homicídio ocorrido em 1998, em Joinville (SC), quando matou um homem dentro de uma boate.

Durante a prisão, José Airtom foi encontrado com uma arma de fogo, o que adicionará uma nova acusação ao caso. “Foram meses de investigação, já que ele viveu todo esse tempo sem deixar rastros, sempre usando documentos falsos”, relatou Rocha. O homem também responderá por posse irregular de arma e falsa identidade. O verdadeiro dono dos documentos furtados, que estão em posse da polícia, registrou o caso na época, mas o crime só foi esclarecido agora.

Com informações: G1 Paraná| Foto: Polícia Civil/Palmital