A defesa do ex-presidente Jair Messias Bolsonaro (PL) afirmou ontem (3) que ele não se vacinou contra a covid-19. Também houve crítica contra a operação deflagrada pela Polícia Federal (PF), que apreendeu o aparelho celular do ex-presidente — sob a alegada suspeita, por parte da corporação, de falsificação na documentação de vacinação.
Em texto divulgado no Twitter, o advogado e ex-secretário especial da Secretaria de Comunicação Social (Secom) da Presidência da República Fabio Wajngarten negou as acusações que constam em relatório da PF e que embasaram o mandado de busca e apreensão na casa de Bolsonaro por parte do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal. Moraes foi contra a recomendação da Procuradoria-Geral da República.
“A Defesa do presidente Jair Bolsonaro destaca que toda e qualquer informação relacionando-o à falsificação de cartões de vacinação é obra de ficção oportunista”, afirmou Wajngarten. “Como sabido por todos, Bolsonaro sempre deixou claro que nunca foi vacinado”, prosseguiu o advogado.
Na nota em nome da defesa de Bolsonaro, Wajngarten lamenta que o ex-presidente tenha se tornado alvo da PF. Nesse sentido, ele reforça que, enquanto chefe de Estado, Bolsonaro viajou somente para países em que a exigência de vacinação contra a covid-19 era dispensada.
“Infelizmente, não é a primeira vez que o tema ‘hackeamento do sistema de vacinação’ vem a tona contra Bolsonaro”, publicou o advogado. “Não menos triste é ver que, ao invés de estar sendo investigado quem manipula tal sistema, atualmente, o dinheiro público vem sendo indevidamente desperdiçado para perseguir arbitrariamente as pessoas.”
Operação da PF contra Jair Bolsonaro
Autorizada por Moraes, a Operação Verine, da PF, foi deflagrada ontem. Além de ter o ex-presidente Jair Bolsonaro como alvo para mandado de busca e apreensão, a ação resultou na prisão de seis pessoas. Além disso, Moraes também determinou que Bolsonaro entregue o passaporte, armas e munições.
Com informações da Revista Oeste.