A mais recente atualização do ChatGPT, que permite criar imagens inspiradas no estilo único do Studio Ghibli, tem causado um verdadeiro alvoroço nas redes sociais. Em apenas uma hora, mais de 1 milhão de usuários aderiram à novidade, segundo Sam Altman, CEO da OpenAI. No entanto, enquanto muitos celebram a criatividade proporcionada pela ferramenta, especialistas alertam para os riscos associados ao uso dessa tecnologia.

Ao utilizar imagens reais como base, a plataforma pode gerar representações altamente realistas de pessoas em situações que nunca ocorreram, o que pode abrir espaço para manipulações perigosas. Além disso, há preocupações sobre o uso de fotos de crianças para treinar sistemas de inteligência artificial sem consentimento, conforme apontado por estudos em outras plataformas.

Rodrigo Cardoso, professor de Ciências da Computação da Universidade Presbiteriana Mackenzie, destaca que a ferramenta pode coletar informações sensíveis dos usuários, como metadados de localização, tipo de dispositivo, idade e até mesmo emoções. Esses dados podem ser armazenados, vazados ou manipulados por terceiros para fins ilícitos.

A inteligência artificial depende de dados para gerar respostas precisas, e quanto mais informações os usuários fornecem, maior é a eficácia do sistema. No entanto, isso também aumenta os riscos de exposição. Para criar imagens no estilo Studio Ghibli, os usuários precisam compartilhar fotos originais, o que pode comprometer sua privacidade.

Especialistas recomendam cautela ao utilizar ferramentas de IA e reforçam a importância de ler os termos de uso antes de compartilhar informações pessoais. A inovação tecnológica traz benefícios, mas também exige responsabilidade e atenção aos possíveis impactos éticos e legais.