OMS pede apoio do G20 para combater câncer do colo do útero
Saúde

OMS pede apoio do G20 para combater câncer do colo do útero

18/11/2024 | 17:15 Por Redação MZ

 

O diretor-geral da Organização Mundial da Saúde (OMS), Tedros Adhanom Ghebreyesus, aproveitou sua visita ao Brasil para convocar os líderes do G20 a intensificarem o apoio no combate ao câncer do colo do útero. O apelo inclui maior acesso a vacinas contra o HPV e a implementação de estratégias eficazes de rastreamento do vírus. “Vamos tornar realidade a eliminação do câncer do colo do útero”, declarou em sua conta no X, antigo Twitter.

Durante a passagem pelo Rio de Janeiro, Tedros destacou a iluminação azul no Cristo Redentor, um gesto simbólico em apoio à luta global contra o HPV e pelo fim do câncer cervical. “Esse é o único câncer que temos todas as ferramentas para eliminar”, reforçou o diretor em publicação.

No Brasil, o Ministério da Saúde estima uma média anual de 17 mil casos e 6,5 mil mortes causadas pelo câncer do colo do útero. Trata-se do terceiro tipo de câncer mais comum entre mulheres, ficando atrás apenas dos tumores de mama e colorretal. A imunização contra o HPV é uma das principais armas no combate à doença, com foco em crianças e adolescentes de 9 a 14 anos, especialmente nas escolas.

Em 2023, a cobertura vacinal contra o HPV teve um aumento de 42% em relação ao ano anterior. Além disso, o governo está ampliando o público-alvo, incluindo grupos vulneráveis, como vítimas de violência sexual e usuários de PrEP. O Ministério também trabalha na incorporação de testes de rastreamento molecular do HPV ao SUS, com apoio técnico do Instituto Nacional de Câncer (Inca), para fortalecer a detecção precoce nos estados e municípios.

O câncer do colo do útero, causado pelo HPV, pode ser prevenido com o uso de preservativos e, principalmente, pela vacinação. Exames regulares são fundamentais para identificar o vírus e tratar lesões ainda na fase inicial. No SUS, a vacina é oferecida gratuitamente a adolescentes de 9 a 14 anos, além de outros grupos específicos, como pacientes oncológicos e pessoas vivendo com HIV. A prevenção é a chave para reverter os altos índices da doença no país.

Com informações: Agência Brasil| Imagem ilustrativa

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