Diversos pacientes que buscaram por atendimento médico em Ponta Grossa reclamaram nesta terça-feira (30) ao Portal Mz Notícia sobre a demora e a falta de médicos em algumas unidades básicas de saúde do município. De acordo com uma paciente que procurou atendimento médico na saúde pública da cidade, em casos considerados urgentes, as consultas foram marcadas só para o mês de julho.
“Estou com uma gripe. Eu fui no posto do Costa Rica consultar na semana passada já. Estou com um febrão de 38°C e minha pressão estava 15 por 8, e fiz a triagem. Mandaram esperar que já ia ser atendida. Posteriormente, a enfermeira me chamou, eu perguntei se ela era médica e ela falou que os médicos não podiam atender. Eu falei que queria consulta com médico, ela marcou para o dia 17 /7 /2023”.
A mulher estava com sintomas gripais, e não foi atendida pela equipe médica.
Situação semelhante aconteceu em uma unidade básica de saúde do Núcleo Pitangui. Uma paciente procurou por atendimento e flagrou a falta de profissionais no local.
“Era 15h, e não tinha ninguém para atender as consultas. As mulheres que estão no vídeo são pra vacina. Não tem uma alma viva pra atender. Eu levei meu filho, ontem, lá com muita febre, quem fez o atendimento foi o técnico, ele fez teste do COVID e deu negativo. Ele foi atendido pela enfermeira, quem fez a receita. Ela deu Ibroprofeno e Paracetamol”, contou.
Além do caos nas unidades básicas de saúde da cidade, a morosidade e a falta de atendimento médico adequado a população faz parte da rotina da Unidade de Pronto Atendimento (UPA) Santa Paula. Um morador revoltado, com a dura realidade que enfrentou a mulher com a filha, afirmou que o local estava superlotado e com muita gente aguardando por atendimento.
“Minha mulher precisou levar minha filha de 3 anos na Upa Santa Paula e não tinha condições de ser atendida, estava lotada de gente e acabou desistindo da consulta. Daí, foi em um outro posto de saúde, a médica deu um remédio que não tinha em nenhuma farmácia, aí teve que voltar consultar de novo com outro médico. Resumindo passou tarde inteira correndo atrás de atendimento médico e a primeira consulta, a médica além de não ter o remédio em nenhuma farmácia, receitou o remédio errado. Infelizmente temos que orar pra não ficar doente e precisa saúde de pública”, lamentou Jeferson.
A crise na saúde tem tirado o sono da população de Ponta Grossa. A Rafaela madrugou na fila do postinho da Ronda a espera por atendimento médico e mesmo assim, não foi atendida.
“Fiquei a manhã inteira lá, e quando atenderam não foi a médica, foi uma estagiária e disse que não podia fazer nada somente a médica. A consulta foi marcada pra 26 de junho, e eu continuo doente, comprando remédios na farmácia por conta própria”, pontua.