Dados inéditos divulgados pelos Cartórios de Registro Civil do Paraná revelam que, a cada ano desde 2021, cerca de 2,5 mil crianças e adolescentes de até 17 anos ficam órfãos de pelo menos um dos pais. O estudo, que consolida informações pela primeira vez a nível estadual, destacou a pandemia da Covid-19 como uma das principais causas de orfandade no período.
Em 2021, dos 2.666 órfãos registrados, 948 perderam seus pais devido à Covid-19, representando mais de um terço dos casos. Segundo a Associação dos Registradores de Pessoas Naturais do Paraná (Arpen-PR), os dados foram possíveis graças ao cruzamento de informações do CPF dos pais registrados nos óbitos e nos nascimentos, prática consolidada a partir de 2021. “Os mais de 2,5 mil órfãos registrados no Paraná são um retrato impactante das consequências sociais que enfrentamos nos últimos anos, especialmente durante a pandemia da Covid-19”, afirmou Cesar Augusto Machado de Mello, presidente da Arpen-PR.
O estudo também detalhou os números de crianças que ficaram órfãs de ambos os pais, número significativamente menor. Em 2021, foram 72 casos, caindo para 55 em 2022 e novamente 55 até outubro de 2024. Já considerando doenças relacionadas à Covid-19, como Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) e insuficiência respiratória, o total de órfãos no estado desde 2019 chega a 1.501.
Além das perdas diretamente ligadas ao coronavírus, o levantamento identificou aumento de orfandade por doenças como infarto, AVC, sepse e pneumonia, possivelmente agravadas pela pandemia. O estudo reforça a necessidade de dados precisos para embasar políticas públicas que ofereçam suporte às crianças afetadas. “Nosso papel vai além da documentação: buscamos contribuir para uma sociedade mais informada e preparada para enfrentar desafios como esses”, concluiu o presidente da Arpen-PR.
Imagem ilustrativa/Foto: Arwan Sutanto via Unsplash
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