PCPR indicia 18 ex-colaboradores de varejista por estelionato e associação criminosa em PG
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PCPR indicia 18 ex-colaboradores de varejista por estelionato e associação criminosa em PG

21/07/2025 | 07:32 Por redacao mz

 

A Polícia Civil delo Paraná (PCPR), através do setor operacional da 13ª Subdivisão Policial, realizou o indiciamento de 18 ex-funcionários de uma rede varejista por fraudes realizadas no sistema de vendas interno da loja. Eles foram indiciados pelos crimes de estelionato e associação criminosa.

De acordo com as investigações, os ex-funcionários manipularam o sistema interno da empresa durante a “Campanha: Super Feras em Vendas”, que tinha como objetivo incentivar o cumprimento de metas de vendas. O prêmio oferecido pela campanha era uma viagem para a Disney com direito a acompanhante, além de bonificação financeira.

O esquema funcionava da seguinte forma: os funcionários realizavam vendas normalmente e, após receberem o pagamento do cliente, cancelavam a compra, convertendo o valor pago em crédito na conta do cliente. Com esse crédito, efetuavam uma nova compra no sistema, gerando uma “nova venda” e, consequentemente, um novo benefício para a campanha e também “score” de pontuação para a viagem.

Uma falha no sistema impedia a atualização correta do status das vendas canceladas, permitindo que as transações permanecessem ativas para fins de cálculo de premiação, possibilitando o pagamento de múltiplos benefícios indevidos.

É importante destacar que nenhum cliente da loja teve qualquer prejuízo, pois todos receberam normalmente os produtos adquiridos. O esquema visava exclusivamente fraudar o sistema interno de bonificação da empresa.

O montante total do prejuízo suportado pelo  foi de R$ 205.343,97.

A filial que mais acumulou benefícios por meio desta ação fraudulenta foi a correspondente ao município de Ponta Grossa, sendo que o ex-funcionário que obteve o maior ganho indevido totalizou R$ 16.355,03.

Todos os funcionários envolvidos no esquema foram demitidos em abril de 2025, e a partir daí iniciaram as investigações policiais. A empresa deu início a um procedimento investigatório interno após identificar condutas suspeitas por parte dos colaboradores.

A colaboração do grupo varejista foi de suma importância para desvendar toda a trama criminosa. A empresa apresentou um relatório interno detalhado de 426 páginas com todo o esquema fraudulento demonstrado, além de disponibilizar documentos e informações que foram fundamentais para o sucesso da investigação policial.

O delegado Gabriel Munhoz, responsável pela investigação, concluiu que a conduta dos investigados se enquadra nos crimes de estelionato (artigo 171 do Código Penal) e associação criminosa (artigo 288 do Código Penal).

O Inquérito Policial foi finalizado e enviado ao Ministério Público do Paraná para que possa oferecer a denúncia em face dos investigados. O caso demonstra a coordenação entre os envolvidos, que agiram de forma organizada para a prática reiterada dos crimes, aproveitando-se da estrutura da empresa para consecução dos fins ilícitos.