A Polícia Federal deflagrou na manhã desta quinta-feira (7) a Operação Dumb Money, com o objetivo de desarticular um grupo criminoso responsável por um esquema de pirâmide financeira que pode ter causado prejuízos superiores a R$ 20 milhões. O núcleo das operações era um escritório localizado em Curitiba, que oferecia investimentos com promessas de altos rendimentos a partir de supostas operações no mercado financeiro.
Segundo a PF, centenas de pessoas foram vítimas da fraude, que era operada sem autorização dos órgãos reguladores, como o Banco Central e a Comissão de Valores Mobiliários (CVM). A organização também é investigada por crimes contra a economia popular, estelionato, lavagem de dinheiro e possível uso da estrutura empresarial para ocultação de ativos.
Foram cumpridos cinco mandados de busca e apreensão nas cidades de Curitiba (PR), São Paulo (SP) e Balneário Camboriú (SC), além de medidas cautelares diversas da prisão e de bloqueio de bens e ativos. Em São Paulo, uma pessoa foi presa e armas de calibre restrito foram apreendidas.
De acordo com o delegado federal Filipe Hille Pace, o grupo atuava por meio de um escritório na capital paranaense e oferecia promessas de retorno financeiro muito acima do mercado. As investigações revelaram ainda que, no fim de 2023, o principal suspeito fugiu do país. Posteriormente, foi localizado por vítimas no exterior e preso — prisão essa que teria ocorrido mediante a prática de crimes internacionais cometidos pelas próprias vítimas, como falsificação de documentos, corrupção e denunciação caluniosa.
A operação busca reunir provas, recuperar ativos e garantir o ressarcimento das vítimas. O inquérito segue sob sigilo.