A Polícia Rodoviária Federal (PRF) do Paraná registrou um aumento significativo nas apreensões de cigarros eletrônicos em 2023, chegando a um crescimento de 220% em relação ao ano passado. Segundo o levantamento da PRF, entre janeiro e outubro de 2022, foram confiscados 140.274 dispositivos. No mesmo período deste ano, as apreensões ultrapassaram 455 mil unidades.

A localização do Paraná facilita o tráfico desses produtos, conforme explica o inspetor Pedro Faria. “Esses cigarros eletrônicos geralmente vêm do Paraguai e entram no país pelas rodovias paranaenses. Temos identificado essas rotas”, destacou Faria. 

Desde 2009, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) proíbe a comercialização e distribuição dos cigarros eletrônicos no Brasil. Em abril de 2023, a Anvisa manteve a proibição, com base em novas evidências científicas sobre os riscos do produto.

Médicos reforçam os perigos desses dispositivos, apontando que eles são igualmente nocivos à saúde, se comparados aos cigarros convencionais. A pneumologista Karina Slemer destaca que, além da presença de nicotina, os cigarros eletrônicos contêm substâncias tóxicas, como metais pesados e alcatrão, que podem causar desde doenças pulmonares até pneumonias graves, como a Evali.

Com informações: G1 Paraná| Foto: Reprodução/RPC