A Polícia Civil de São Paulo concluiu o inquérito sobre o polêmico caso Vid Bet e indiciou o presidente do Corinthians, Augusto Melo, por envolvimento no esquema criminoso. Além dele, também foram implicados Marcelo Mariano, ex-diretor administrativo, Sérgio Moura, ex-superintendente de marketing, e Alex Cassundé, empresário vinculado ao contrato com a antiga patrocinadora do clube.

As investigações apontam que Cassundé foi incluído como intermediário no contrato sem exercer qualquer função real, algo que os dirigentes do Corinthians tinham total conhecimento. Em março do último ano, o clube efetuou dois depósitos de R$ 700 mil para a empresa Medíia Designer Limitada, pertencente a Cassundé. A maior parte desses valores, segundo a apuração, foi desviada por meio de empresas de fachada registradas em nome de terceiros.

Cerca de R$ 1 milhão do montante pago pelo Corinthians foi encaminhado à UJ Futebol Talent Intermediação Limitada, organização que já apareceu em delações mencionando ligações de policiais com o crime organizado, especialmente o PCC no futebol. No entanto, a UJ Futebol nega qualquer envolvimento ilícito ou investigação sobre sua atuação.

Em resposta, o Corinthians declarou ser vítima das circunstâncias investigadas, alegando que não pode controlar o destino dos recursos pagos a terceiros em contratos firmados. Apesar disso, as revelações da investigação colocam em xeque a governança e a transparência financeira do clube, ampliando as preocupações sobre sua administração.