A Polícia Civil indiciou Cleonice Aparecida Alessi Glinski, de 61 anos, por violência arbitrária e maus-tratos após ela ter sido filmada puxando o cabelo e empurrando uma aluna com síndrome de Down na Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (Apae) de Irati, Paraná. O incidente, registrado por câmeras de segurança em 15 de maio, foi denunciado anonimamente aos pais da jovem.

A vítima, de 19 anos, além de ter Síndrome de Down, não fala e possui  o Transtorno do Espectro Autista (TEA). Além da professora, um servidor da Apae, cujo nome não foi divulgado, também foi indiciado por corrupção passiva privilegiada, pois sabia do ocorrido e não denunciou.

O caso agora está nas mãos do Ministério Público do Paraná (MP-PR), que decidirá se apresentará ou não denúncia formal contra a professora e o servidor. A defesa de Cleonice afirmou estar ciente do indiciamento e que se manifestará no momento oportuno, alegando que a professora não teve a intenção de maltratar a aluna.

A Apae de Irati informou que tomou medidas administrativas contra a professora imediatamente após tomar conhecimento do caso e que ainda não foi oficialmente notificada sobre o indiciamento do servidor. A Polícia Civil concluiu que a professora usou de violência excessiva para conter a aluna, mas considerou o ato isolado, sem indícios de outras agressões na instituição. Após o incidente, Cleonice teve seu contrato encerrado e os pais da vítima decidiram não enviar mais a jovem à instituição.

Com informações: G1 Paraná