Semana Santa: fiéis católicos se preparam para viver sua principal festa
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Semana Santa: fiéis católicos se preparam para viver sua principal festa

11/04/2025 | 23:07 Por Redação MZ

A maior festa da Igreja é a Páscoa. O ciclo pascal tem início na Quarta-Feira de Cinzas e segue por um tempo de preparação: a Quaresma. São cinco domingos que culminam no sexto, é o Domingo de Ramos. Em 2025, ele será celebrado neste domingo, dia 13.

Também conhecido como ‘Domingo da Paixão’, esse dia representa o grande portal pelo qual entramos na Semana Santa, tempo em que contemplamos os últimos momentos da vida de Jesus: sua entrada em Jerusalém, acolhido por uma multidão festiva e, portanto, a memória da sua Paixão. Já no ano 400, a procissão de ramos era realizada em Jerusalém.

Toda a missa deste dia é dedicada ao tema da Paixão de Cristo: os textos dos Evangelhos, conforme o ano litúrgico, narram a Paixão.

O Domingo de Ramos é marcado pela bênção e a procissão dos ramos, geralmente feitas fora da igreja. Neste ano, por orientação do bispo Dom Bruno Elizeu Versari, os fiéis são convidados a realizar uma peregrinação maior, caminhando de um local mais distante até a igreja, oferecendo essa peregrinação como gesto de esperança pelo mundo. Ramos verdes são dispostos no chão, em diferentes lugares da igreja e também são trazidos pelo povo, que os conservam em casa como símbolo da vitória do Cristo e sua entrada triunfal.

Segunda, Terça e Quarta-Feira Santas, a comunidade se reúne para celebrar a Eucaristia e participar momentos devocionais. Recorda-se o tempo em que Jesus, junto aos discípulos, estava em Jerusalém, se preparando para a páscoa judaica. Os Evangelhos mostram a intimidade de Jesus com os seus. “São dias de reflexão sobre a figura de Jesus como o servo sofredor. A Quaresma é tempo de graça e salvação. É preciso se preparar para viver de maneira intensa, livre e amorosa o momento mais importante do ano litúrgico e da história da salvação”, explica padre Alvaro Luiz Martins Nortok, assessor da Comissão Diocesana de Liturgia.

Tríduo Pascal

O tempo quaresmal se encerra na quinta-feira santa, às 18 horas, com a celebração da Missa da Ceia do Senhor, dando início ao Tríduo Pascal, o ápice da fé cristã. Esse tríduo se estende até a véspera do Domingo da Ressurreição – uma única celebração dividida em três dias. Por isso, se orienta que o fiel acompanhe todo o tríduo em uma mesma igreja. Na quinta-feira, acontece o ‘lava pés’, gesto de Jesus ao lavar os pés dos discípulos e são instituídos os sacramentos Eucaristia e da Ordem. As hóstias são consagradas e o Santíssimo Sacramento é transladado. O altar é desnudado, velas e flores são retiradas e as imagens cobertas com panos roxos. Mantém-se um silêncio profundo e respeitoso. neste dia. Um silêncio respeitoso por Jesus. Não há bênção final.

Pela manhã, também é celebrada a Missa do Crisma, com a bênção dos santos óleos, presidida pelo bispo e concelebrada por presbíteros e diáconos. Neste dia, os padres renovam os votos sacerdotais. “É uma manifestação da comunhão dos presbíteros com o bispo em um único e mesmo sacerdócio de Cristo. Por tradição, essa celebração ocorre pela manhã na Catedral. Os óleos consagrados são utilizados em crismas, batizados, unção dos enfermos e ordenações”, detalha padre Alvaro.

Sexta-Feira Santa

A Sexta-Feira Santa é o dia da adoração à cruz. É o único dia do ano em que não há celebração da missa em todo o mundo. Os fiéis se reúnem para ouvir a Palavra, com a proclamação do Evangelho da Paixão, orações universais e a coleta do óbolo de São Pedro. “Muitos vêm para se unir a Jesus pela dor. Celebra-se o mistério da sua paixão e morte. A cruz é vista como sinal da vitória de Cristo sobre a morte e o pecado”, explica padre Alvaro. É um dia de recolhimento até a Vigília Pascal. Algumas comunidades realizam procissões e momentos de espiritualidade, fortalecendo o amor a Cristo, sempre após a celebração, que normalmente acontece às 15 horas.

Sábado Santo

O Sábado Santo é um dia alitúrgico, sem celebrações pela manhã e à tarde. A partir das 18 horas, ocorre a Vigília Pascal, considerada a mãe de todas as vigílias, em honra ao Senhor. A celebração começa com a igreja às escuras. Um fogo é aceso do lado de fora e dele é aceso o Círio Pascal, símbolo de Cristo, que ilumina a comunidade como a coluna de fogo guiando o povo de Deus no deserto. “Cristo entra e ilumina. É a luz que brilha e afasta o medo. A Paixão de Cristo nos traz vida nova por meio da ressurreição”, afirma o assessor diocesano.

Domingo da Ressurreição

Com o Domingo da Ressurreição inicia-se o Tempo Pascal. A Páscoa é a celebração da aliança definitiva, a vitória sobre o pecado, a escravidão e a morte, realizada pelo sangue de Cristo. “É Ele que nós celebramos: o mistério de Cristo crucificado e ressuscitado. Dele emanam todas as graças para o nosso dia-a-dia e às celebrações dominicais dentro do Ano Litúrgico”, destaca padre Alvaro. A Oitava da Páscoa segue até o Dia de Pentecostes, que, em 2025, será celebrado no dia 8 de junho.

Importância

A Semana Santa é o coração da fé católica, destaca Dom Bruno. “Todo o ano litúrgico é organizado em vista da Páscoa. A festa mais importante da liturgia da Igreja é a Páscoa. Jesus dá a vida, passa pela cruz e da cruz ressuscita para dizer que todo aquele que Nele crê também terá cruzes, mas não ficará sepultado, não morrerá, viverá! É isso que nós celebramos e nisso que nós cremos”, enfatiza.

“Quando iniciamos a Semana Santa, no Domingo de Ramos, lembrando a entrada de Jesus em Jerusalém, passamos pela Quinta-Feira: de manhã, a reunião com os padres, celebração da unidade, onde todos celebramos o nosso compromisso de fidelidade, aquilo que juramos na nossa ordenação. À noite, celebramos a missa da instituição da Eucaristia, a missa do Lava Pés, onde Jesus institui a Eucaristia e junto dela está o sacerdócio, o ministro da Eucaristia, aquele que faz a Eucaristia para nós”, detalha o bispo.

Informações: Assessoria de Comunicação Diocese de Ponta Grossa

Fotógrafo: Arquivo AssCom Diocese de Ponta Grossa

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