Sobe para 22 as acusações contra médica que supostamente emitia falsos laudos de câncer para lucrar em cima de cirurgias desnecessárias
Paraná Policial

Sobe para 22 as acusações contra médica que supostamente emitia falsos laudos de câncer para lucrar em cima de cirurgias desnecessárias

19/03/2024 | 19:30 Por Redação

A médica Carolina Fernandes Biscaia Carminatti, investigada pela Polícia Civil de Pato Branco, no sudoeste do Paraná, enfrenta agora um total de 22 denúncias por supostamente emitir laudos falsos de câncer de pele e recomendar cirurgias desnecessárias aos pacientes.

Segundo o delegado Helder Andrade Lauria, responsável pelo caso, o número de denúncias aumentou após uma operação de busca e apreensão realizada em 23 de fevereiro na residência da médica. Novas vítimas surgiram e passaram a relatar suas experiências com Carolina.

A investigação revela que, durante as consultas, a médica examinava pintas e manchas nos pacientes, sugerindo que algumas poderiam ser cancerígenas. Em seguida, realizava a retirada de material e encaminhava para um laboratório. Em reconsultas, apresentava laudos aparentemente falsos com diagnósticos de câncer de pele, agendando então procedimentos invasivos de ampliação de margens.

Os custos desses procedimentos variavam entre R$ 3 mil e R$ 13 mil por paciente, conforme apurado pela investigação.

Laudos apreendidos na residência de Carolina e apresentados pelos pacientes estão sendo periciados para comprovação da fraude, o que, se confirmado, pode implicar a médica em crimes como estelionato e lesões corporais.

A investigação teve início após duas pacientes, que se conheciam, perceberem que a médica não havia entregado a elas os laudos de diagnóstico de câncer de pele. Após uma delas exigir o exame do laboratório, descobriu-se a farsa, desencadeando uma série de denúncias.

Em 23 de fevereiro, após cinco denúncias iniciais, a Polícia Civil realizou mandados de busca e apreensão na residência da médica, onde foram confiscados celulares, computadores e diversos laudos, que estão sendo examinados pelo Instituto de Criminalística para comprovação das falsificações, conforme declarou o delegado Helder.

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