Técnico de enfermagem é indiciado após dopar paciente para roubar celular da vítima
Paraná Policial

Técnico de enfermagem é indiciado após dopar paciente para roubar celular da vítima

15/08/2024 | 17:45 Por Redação Modificado em 15, agosto, 2024 5:45

Um técnico de enfermagem de Toledo, no oeste do Paraná, foi indiciado por suspeita de dopar uma paciente com a intenção de roubar o celular da acompanhante, conforme informou nesta quinta-feira (15) o delegado Rodrigo Baptista Santos, da Polícia Civil. As câmeras de segurança do Hospital Bom Jesus registraram a entrada do suspeito no quarto, onde o incidente ocorreu em 17 de maio deste ano. Segundo a polícia, a mulher que acompanhava a paciente havia saído para comprar uma água de coco e, ao retornar, encontrou a paciente se “debatendo e virando os olhos”, além de demorar para responder aos chamados. A paciente relatou que um enfermeiro havia aplicado um “líquido branco” nela.

A investigação revelou que a medicação administrada não estava prescrita e que o “líquido branco” ainda escorria pelo braço da paciente quando a acompanhante notou o desaparecimento do celular, que havia deixado na cama ao lado. As imagens das câmeras mostraram que o técnico de enfermagem, fora de sua área de atuação, entrou no quarto enquanto a paciente estava sozinha, embora não houvesse câmeras dentro do quarto. A partir daí, a acompanhante registrou um Boletim de Ocorrência (B.O.), o que deu início à investigação.

A Polícia Civil esclareceu que o caso é considerado roubo, pois o medicamento foi administrado com o propósito de subtrair o celular. “Presume-se uma violência nessa ministração de medicamento para cometer a subtração, então torna-se roubo”, explicou a polícia. O suspeito foi indiciado por roubo com violência imprópria. Após o crime, o técnico de enfermagem fez uma postagem em uma rede social da esposa, anunciando a venda do celular.

A investigação também levou a uma pessoa que comprou o aparelho, que foi indiciada por receptação, uma vez que sabia que o celular não possuía nota fiscal e estava bloqueado, evidenciando ser um produto ilícito. Segundo a polícia, o suspeito, acompanhado de seu advogado, permaneceu em silêncio durante o depoimento. A esposa do técnico de enfermagem também foi indiciada por receptação qualificada. Em nota, o Hospital Bom Jesus informou que ouviu o relato da acompanhante e a orientou a registrar o Boletim de Ocorrência, além de colaborar com a polícia fornecendo imagens de câmeras de segurança e informações sobre quem manteve contato com a paciente. A instituição tomou todas as medidas necessárias para o desligamento do funcionário e afirmou que ele “não representa o atendimento humanizado e de qualidade” que a Hoesp preza.

Com informações: G1 Paraná

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