Tribunal de Justiça aceita recurso para que Dalledone Jr não use tornozeleira após condenação
Paraná Policial

Tribunal de Justiça aceita recurso para que Dalledone Jr não use tornozeleira após condenação

11/07/2024 | 18:10 Por Eduarda Malucelli Modificado em 11, julho, 2024 4:56

O Tribunal de Justiça do Paraná (TJ-PR) aceitou o recurso apresentado pelo advogado Claudio Dalledone Junior e revogou as medidas cautelares impostas contra ele, incluindo o uso de tornozeleira eletrônica. A decisão, proferida pelo desembargador substituto Benjamim Acácio de Moura e Costa, foi tomada na terça-feira (9).

No dia 5 de julho, o juiz Leonardo Marcelo Mounic Lago, da 1ª Vara Criminal de Paranaguá, condenou Dalledone a 11 anos de prisão em regime fechado e aplicou as medidas cautelares, permitindo que ele recorresse em liberdade. O advogado foi condenado por corrupção passiva e lavagem de dinheiro.

Além de Dalledone, conhecido por atuar em casos de grande repercussão nacional, outras 13 pessoas também foram condenadas à prisão no mesmo processo. A sentença indicou que eles desviaram indenizações destinadas a pescadores afetados por dois acidentes ambientais ocorridos em 2001, no litoral do Paraná.

Ao julgar o recurso, o desembargador Benjamim considerou “manifesta a ilegalidade contida na sentença preferida pelo juízo” e destacou que o Ministério Público não solicitou a aplicação das medidas cautelares contra o advogado. Além da tornozeleira eletrônica, foram revogadas as restrições que impediam Dalledone de viajar, portar armas e consumir bebidas alcoólicas.

“É a primeira vitória. Outras virão muito em breve. Eu estou muito tranquilo porque a Justiça será feita e esta ação será integralmente reformada. Eu não tenho nenhuma relação com os fatos criminosos que tiveram como vítimas os pescadores de Paranaguá. E não tenho dúvidas que esta decisão contra mim não vai se sustentar no Tribunal de Justiça”, afirmou Dalledone.

As denúncias contra os condenados surgiram em 2014, após a Operação Tarrafa. As investigações, conduzidas pelas Promotorias de Justiça de Paranaguá, incluíram diversos mandados de prisão e de busca e apreensão cumpridos pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco).

“As indenizações devidas aos pescadores tiveram origem em dois acidentes ocorridos em 2001: o vazamento de óleo do Poliduto Olapa, em fevereiro, e de nafta, componente químico derramado pelo navio Norma, em outubro. Os incidentes obrigaram os pescadores a deixar de trabalhar por longos períodos, o que levou a Justiça a determinar o pagamento de indenizações aos prejudicados”, explicou o Ministério Público do Paraná (MP-PR). No total, 19 pessoas foram julgadas no caso, das quais cinco foram absolvidas ou tiveram os crimes prescritos, incluindo um ex-juiz.

 

Com informações: G1 Paraná

Você tem algum comentário, dúvida ou opinião? Conta pra gente!