A 1ª Caminhada do Meio Dia, realizada no último sábado (22), dia Estadual Contra o Feminicídio, reuniu centenas de pessoas em Ponta Grossa. Outros 70 municípios paranaenses aderiram à mobilização que faz parte da Campanha Estadual Paraná Unido Contra o Feminicídio, promovida pela Secretaria da Mulher, Igualdade Racial e Pessoa Idosa.
Em Ponta Grossa, o grupo se concentrou na Praça Barão do Rio Branco, onde foram exibidas cruzes com os nomes de 15 vítimas de feminicídio na cidade.
Precisamente ao meio-dia, ao som dos sinos da Igreja do Rosário, os participantes saíram em caminhada pelo Calçadão da Coronel Cláudio em direção à Estação Saudade, vestindo branco e com cartazes e faixas pedindo o fim da violência contra as mulheres.
A prefeita Elizabeth Schmidt participou da caminhada e ressaltou a importância da mobilização.
“Ponta Grossa não poderia ficar de fora desse movimento tão importante contra o feminicídio. Promover a segurança das mulheres, todas elas, é nossa obrigação. Inauguramos no ano passado a Casa da Mulher, espaço que oferece atendimento psicológico, social e jurídico às vítimas de violência e também intensificamos a ação da Patrulha Maria da Penha porque não podemos admitir que as mulheres continuem sendo mortas pelo simples fato de serem quem são”, afirma Elizabeth.
Vários secretários municipais também marcaram presença na ação que reuniu ainda representantes de integrantes da Rede de Enfrentamento às Violências Contra as Mulheres.
“Hoje nós temos uma rede formalizada por decreto, com fluxos padronizados, que garante organização e agilidade no atendimento às vítimas. A presença de todos nessa caminhada é fundamental para que possamos ampliar a discussão sobre o assunto e sensibilizar cada vez mais a comunidade”, avalia a secretária municipal de Família e Desenvolvimento Social, Tatyana Denise Belo.
De acordo com a coordenadora da Casa da Mulher, Camila Calisto Sanches, dar visibilidade ao assunto contribui para que as mulheres busquem ajuda logo nos primeiros sinais de violência.
“O ciclo de violência começa bem antes do Feminicídio. As vítimas geralmente apresentam um longo histórico de exposição a agressões psicológicas e físicas, por isso é tão importante que elas saibam o quanto antes como e onde procurar ajuda.”, revela Camila.
Com informações da Assessoria.