Após o revés nas eleições do Parlamento Europeu, Emmanuel Macron, presidente da França, tomou uma medida drástica ao dissolver o parlamento francês neste domingo (9) e convocar novas eleições.

A decisão veio à luz após a derrota de seu partido, o REM, para o partido de Marine Le Pen, o RN, nas eleições do Parlamento Europeu. Macron expressou preocupação com a ascensão dos nacionalistas, considerando-a uma ameaça para a Europa. Ele declarou: “O resultado das eleições da União Europeia não é favorável ao meu governo”, justificando assim sua decisão de dissolver a Assembleia Nacional e devolver o poder de escolha aos eleitores.

As novas eleições ocorrerão em dois turnos, nos dias 30 de junho (primeiro turno) e 7 de julho (segundo turno).

A medida de Macron ocorre em meio à divulgação dos primeiros resultados das eleições parlamentares da União Europeia, onde o RN liderado por Jordan Bardella aparece à frente nas projeções. Esses resultados sinalizam uma mudança política significativa para a direita em todo o bloco, afetando não só a França, mas também outros países membros.

As pesquisas indicam não apenas um desempenho desfavorável para Macron na França, mas também resultados negativos para os partidos governistas da Alemanha, com ganhos observados para a extrema direita. Marine Le Pen, por sua vez, celebrou a vitória de seu partido como um evento histórico e expressou sua prontidão para as próximas eleições nacionais, manifestando-se confiante na possibilidade de assumir o poder caso os franceses lhe concedam sua confiança.