Aluna diz que Moraes acabou com as leis do país
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Aluna diz que Moraes acabou com as leis do país

24/04/2024 | 15:49 Por Redação MZ

Uma aluna do 2º ano do Centro de Ensino Médio (CEM) 1 do Gama escreveu em uma redação que o ministro Alexandre de Moraes do Supremo Tribunal Federal (STF) havia acabado com as leis no país.

A informação da atividade escolar foi corrigida pela educadora.  A professora explicou, com base na Constituição Federal, que não cabe ao Poder Judiciário elaborar leis, o que é papel do Legislativo.

Na sequência, a estudante ligou para a mãe e relatou o que a professora havia falado. Imediatamente, a responsável pela estudante enviou um áudio no WhatsApp para a supervisora da escola para condenar a conduta da professora, que classificou como “doutrinação”.

Além disso, a mulher afirmou que esfregaria o celular “na cara da professora para mostrar que as leis foram mudadas”, caso a escola não “desse um jeito” na situação.

Posteriormente, a mãe da estudante foi ao colégio pessoalmente, repetiu as agressões verbais e disse que iria “atrás dos [próprios] direitos”. Ainda segundo o diretor da instituição de ensino, a professora entregou um atestado médico que a afastou das atividades laborais por 30 dias, devido ao abalo psicológico sofrido.

A Secretaria de Educação do Distrito Federal (SEEDF) informou que “agiu prontamente” ao ser informada do “incidente” na escola e que entrou em contato com a Coordenação Regional de Ensino (CRE) do Gama para comunicar sobre a situação.

“Tanto a Coordenação de Ensino do Gama quanto a diretoria da escola relataram que, após o incidente, a professora registrou um boletim de ocorrência, e a CRE prontamente atendeu ao pedido de transferência da aluna feito pela família [da estudante]”, detalhou a pasta.

A secretaria acrescentou que a situação permanece sob supervisão direta da CRE e que, se necessário, tomará outras medidas administrativas, de acordo com as normas legais vigentes.

“Reiteramos o compromisso da Secretaria de Educação com a segurança e o bem-estar de todos os envolvidos no ambiente escolar. A escola é um espaço de aprendizado e convivência pacífica, onde se promove a cultura da paz, e a pasta repudia veementemente qualquer forma de violência, seja ela de natureza moral ou física. Reafirmamos nosso empenho em manter um ambiente escolar seguro e acolhedor para todos os alunos, professores e funcionários”, concluiu o órgão.

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