Brasil Policial

Casal homossexual denuncia por homofobia empresa que se recusou a fazer convite de casamento

25/04/2024 | 08:00 Por Gabriel Vinicius Cabral Modificado em 25, abril, 2024 6:20

Um casal de homens de São Paulo registrou um boletim de ocorrência por homofobia após uma empresa de convites de casamento do interior do estado se negar a prestar serviço alegando não fazer “convites homossexuais”.

Os noivos Henrique Nascimento e Wagner Cardoso foram à delegacia na madrugada da última quarta-feira (24).

A história repercutiu nas redes sociais e viralizou após a amiga de um dos rapazes postar o caso no X (antigo Twitter).

Ela divulgou um print da conversa dos noivos com os responsáveis pelo Jurgenfeld Ateliê. Na mensagem, a empresa pede para o casal “procurar uma papelaria que atenda a necessidade” deles.

A amiga dos dois também compartilhou o posicionamento que o ateliê chegou a postar nas redes, mas apagou horas depois.

Em um vídeo, os responsáveis pela empresa atribuíram a atitude a uma “questão de princípios”, segundo disseram. Afirmaram ainda que, após o ocorrido, sofreram retaliação por parte do casal.

“Acho engraçado porque quem tacha as pessoas de homofóbicas dizem que as pessoas que são ‘homofóbicas’ têm que aceitar o seu posicionamento, mas, ao mesmo tempo, não percebem que o argumento que elas usam para validar aquilo que acreditam é o mesmo argumento que as acusa também. Que nós temos que aceitar aquilo que elas são, mas as pessoas não podem aceitar que nós fazemos dessa maneira”, diz um dos proprietários, no pronunciamento que foi apagado.

Na legenda da mesma postagem, o casal fala em “heterofobia” e diz ter chegado ao ápice por não aguentar mais críticas sobre não realizarem “casamentos ou eventos homossexuais”. (Confira posicionamento na íntegra abaixo).

Há 12 horas, o perfil compartilhou um pedido de “apoio e de oração”, pois estariam recebendo mensagens ofensivas.

Também nas redes sociais, o casal que teve o serviço negado fez diversas postagens em repúdio ao acontecimento e ainda comentou a ida à delegacia. Nascimento diz ter tido “um sentimento horrível de ir à delegacia”.

“O sentimento que eu tive pra mim ali na delegacia era que eu que tinha cometido um crime e eu que estava errado ali”, disse em publicação. Ele afirmou que os policiais não deram abertura para ele explicar e relatar tudo o que aconteceu e, por isso, fará um novo registro do B.O.

O caso foi registrado no 73º Distrito Policial, do Jaçanã, Zona Norte da capital e remetido para a Delegacia de Repressão aos Crimes Raciais contra a Diversidade Sexual e de Gênero e outros Delitos de Intolerância (Decradi) para o prosseguimento das investigações.

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