A Justiça tem até o início de dezembro para decidir se Marcos Vagner de Souza, acusado de matar a adolescente Isis Victoria Mizerski, grávida de três meses, será levado a júri popular. O vigilante, que está preso, nega as acusações. Se o caso não for encaminhado ao Tribunal do Júri, a sentença será proferida diretamente por um juiz.
Isis, de 17 anos, desapareceu em 6 de junho em Tibagi, nos Campos Gerais do Paraná. Ela foi vista pela última vez após sair para encontrar Marcos, apontado como pai de seu bebê. Apesar de o corpo não ter sido encontrado, a Polícia Civil concluiu o inquérito afirmando que ela foi assassinada. Marcos é réu por homicídio triplamente qualificado, ocultação de cadáver e aborto sem consentimento.
Na quinta-feira (18), foram encerradas as audiências de instrução e julgamento, com a participação de 18 testemunhas e o interrogatório do réu. Até 27 de novembro, a defesa deverá apresentar suas alegações finais, e o juiz terá mais dez dias para decidir se o caso segue para júri popular ou se emitirá a sentença diretamente. A defesa argumenta que faltam indícios concretos contra Marcos e pede absolvição.
Investigações apontaram evidências como a compra de remédios abortivos e imagens de câmeras de segurança que mostram Marcos em locais estratégicos antes do desaparecimento de Isis. O delegado comparou o caso ao de Eliza Samudio, onde mesmo sem o corpo, os culpados foram condenados. A Polícia Civil continua recebendo denúncias anônimas pelo 197 e 181 para tentar localizar o paradeiro de Isis.
Com informações: G1 Paraná