Coincidências entre papados e Copas do Mundo alimentam expectativa nos Estados Unidos com papa Leão XIV
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Coincidências entre papados e Copas do Mundo alimentam expectativa nos Estados Unidos com papa Leão XIV

09/05/2025 | 11:02 Por redacao mz

A eleição do norte-americano Robert Francis Prevost como Papa Leão XIV, da Igreja Católica, reacendeu uma curiosa tradição que mistura fé, futebol e uma dose de superstição. Ao longo da história recente, coincidências marcantes entre pontificados e o desempenho das seleções nacionais em Copas do Mundo têm chamado a atenção — e agora, com os Estados Unidos se preparando para sediar o mundial de 2026, os olhos estão voltados para o potencial impacto espiritual do novo pontífice.

Durante o papado de João Paulo II, natural da Polônia, a seleção polonesa viveu um dos seus momentos mais gloriosos. Em 1982, sob sua liderança espiritual, o país conquistou o terceiro lugar na Copa da Espanha, igualando sua melhor campanha, obtida também em 1974. O feito de 1982 ficou eternizado como símbolo de esperança em um período politicamente conturbado no país.

Anos depois, Bento XVI, papa alemão, viu sua terra natal sediar a Copa do Mundo de 2006 — ocasião em que a Alemanha terminou em terceiro lugar. Quatro anos depois, em 2010, o país repetiu a posição na África do Sul. Bento abdicou do papado em 2013 e, no ano seguinte, os alemães sagraram-se campeões no Brasil.

O papa Francisco, argentino, assumiu em 2013 e viu a Argentina ser vice-campeã em 2014, também no Brasil, perdendo justamente para a Alemanha de Bento. Mas a redenção veio em 2022, quando os hermanos levantaram a taça no Catar. Durante seu papado, o país ainda conquistou duas edições da Copa América e o time do coração do pontífice, o San Lorenzo, foi campeão inédito da Libertadores em 2014, chegando também à final do Mundial de Clubes, sendo vice-campeão perdendo para o Real Madrid.

Voltando ainda mais no tempo, o pontificado de Pio XI testemunhou a Itália vencer duas Copas consecutivas, em 1934 e 1938, num período em que o futebol começava a ganhar força como símbolo de prestígio nacional — embora envolto no conturbado cenário pré-Segunda Guerra Mundial. Paulo VI viu a Itália ser vice para o Brasil de Pelé, na edição do México em 1970.

Agora, com Leão XIV no comando da Igreja Católica e os Estados Unidos se preparando para receber a Copa de 2026 ( em conjunto com o Canadá e o México) a expectativa entre fiéis e torcedores é alta. Será que a tradição vai se repetir? Nunca antes os Estados Unidos chegaram tão perto da elite do futebol mundial — mas com um papa americano no trono de Pedro e a Copa em casa, muitos sonham com um feito inédito: o primeiro título mundial da seleção norte-americana.

Coincidência ou bênção papal? Em 2026, o campo responderá.

foto: reprodução via UOL com AFP/Reuters/Reuters/Getty Images