Dias secos e de sol aumentam ainda mais o risco de incêndios causados por balões
Paraná

Dias secos e de sol aumentam ainda mais o risco de incêndios causados por balões

21/07/2025 | 18:23 Por Redação MZ

Os meses de junho e julho concentram a maior parte das ocorrências de incêndios provocados por balões de ar quente, segundo o Corpo de Bombeiros Militar do Paraná (CBMPR). A combinação de tempo seco e céu aberto, típica do inverno, eleva o risco de quedas desses artefatos sobre áreas de mata, residências e rede elétrica, com potencial para causar prejuízos e acidentes graves.

 

A prática de soltar balões é crime ambiental grave, com pena de um a três anos de prisão. Feitos geralmente de papel e com tochas inflamáveis, os objetos podem provocar incêndios florestais, interrupções no fornecimento de energia e até acidentes de trânsito, alerta a capitã Luisiana Guimarães Cavalca, do CBMPR. “Nos finais de semana ensolarados e sem chuva, especialmente em junho e julho, aumentam os registros de balões no céu”, afirma a capitã. Segundo ela, os riscos vão além do fogo. “Muitas vezes, os responsáveis não percebem que podem causar apagões em bairros inteiros ou acidentes em áreas densamente povoadas”.

A oficial também chama a atenção para uma nova prática identificada pelos bombeiros: o uso de sacos de lixo inflados com ar quente.

“Esses artefatos improvisados não provocam incêndios, mas representam risco adicional à aviação”, alerta.

 

Em 2024, sete pessoas foram presas em Curitiba e na vizinha cidade de São José dos Pinhais após cumprimento de nove mandados de busca e apreensão na operação Ninho de Fogo. Foram apreendidos equipamentos e materiais suficientes para a confecção de 51 balões.

 

“Os balões podem colocar a vida e o patrimônio das pessoas em risco pelas chamas que carregam. A Polícia Civil do Paraná já deflagrou diversas operações de combate a esses grupos criminosos em várias regiões do Brasil e apreendeu balões que chegavam a até 70 metros de altura, evitando incêndios e preservando vidas”, afirma o delegado Guilherme Dias, da Delegacia de Proteção ao Meio Ambiente (DPMA) da Polícia Civil,

 

DENÚNCIAS

Fabricar, vender, transportar ou soltar balões é crime previsto na Lei de Crimes Ambientais (Lei nº 9.605/1998). A população pode denunciar casos de soltura ou fabricação de balões à Polícia Militar do Paraná pelo telefone 190. “É importante informar o local exato da ocorrência para facilitar a identificação dos responsáveis”, orienta a capitã.

 

Com informações da Aen