O ministro Gilmar Mendes (foto), do STF, ordenou nesta quinta-feira (6) a suspensão da Operação Hefesto e determinou que a Polícia Federal envie à corte a investigação dos kits de robótica que atinge o burocrata Luciano Ferreira Cavalcante, ex-assessor de Arthur Lira (PP).
O ministro atendeu a pedido do próprio presidente da Câmara, datado do início desta semana —segundo Gilmar, há possível “violação à prerrogativa de foro” do deputado. A decisão foi dada no que é considerado o “Dia D” para aprovar o texto da reforma tributária na Casa.
A PF apura supostos crimes na compra de kits de robótica para 43 municípios de Alagoas, entre 2019 e 2022, com recursos desviados do FNDE. A Controladoria calcula que as fraudes e superfaturamento geraram prejuízo ao erário de 8,1 milhões de reais.
Ao todo, foram cumpridos 27 mandados de busca e apreensão e dois de prisão em quatro estados e no Distrito Federal no início de junho.
A polícia já decidira enviar a investigação ao STF, após encontrar anotações de uma série de pagamentos e uma referência a “Arthur”.