Uma mulher, de 49 anos, foi presa após matar, esquartejar e queimar restos mortais do marido em uma churrasqueira na casa onde moravam em Toledo, município da região oeste do Paraná.
De acordo com a polícia, Taciana Ferreira da Silva matou a vítima identifica como Edivan da Silva Almeida, de 51 anos. Os policiais tiveram conhecimento do caso em 1° de março e a prisão da mulher foi em 9 do mesmo mês, depois de um mandado de prisão preventiva.
Segundo o delegado Fábio Freire, responsável pelo caso, a mulher disse que matou o homem entre 14 e 15 de fevereiro por vingança após ela ter descoberto uma traição por parte da vítima.
“Ela descobriu uma traição da vítima, ficou furiosa e cometeu esse ato, segundo ela, que não era premeditado. Foi por excesso de fúria”, disse.
Conforme a polícia, a mulher, que é técnica de enfermagem, colocou comprimidos na bebida que o marido estava tomando, fazendo com que ele passasse mal. Ela ligou para a emergência, mas desligou o telefone no meio da conversa. Na sequência, colocou mais remédios na bebida para o homem ingerir e saiu para trabalhar.
A mulher voltou para casa verificar o batimento cardíaco do marido e notou que estava fraco. Ela saiu novamente para ir ao trabalho. No final do expediente, ao chegar em casa, encontrou o homem morto na cama.
“Segundo ela, não tinha premeditado nada, mas retirou o corpo da cama por ter cuidado ali pra não bater a cabeça no chão e sujar o chão levou a vítima para dentro do banheiro. Esquartejou o corpo em pedaços, colocando-os em sacos plásticos e levando até a parte de trás da residência, colocando os restos mortais dentro de uma churrasqueira.”
“Preparou a churrasqueira com bastante lenha, deu início ao fogo e foi retirando as partes do corpo, levando até a parte de trás em sacos plásticos, pra nomear a casa, residência e jogando na churrasqueira”, disse .
Funcionários desconfiaram
A esposa da vítima havia levados atestados médicos na empresa onde o homem trabalhava, dizendo que ele estaria tratando de problemas de saúde. Os colaboradores desconfiaram dos atestados e da ausência da vitíma e denunciaram o caso à polícia.
“Os próprios funcionários fizeram algumas diligências e constataram que esses documentos poderiam ser falsos e, que posteriormente, foi comprovado”, disse o delegado.
Após a denúncia, a polícia cumpriu mandado de busca e apreensão na casa do casal.
Segundo as investigações, a mulher tinha carimbo com nome de médicos de hospitais de Toledo, além de usar folhas timbradas falsas das unidades.
Depoimentos conflitantes à polícia
Inicialmente a mulher não estava sendo tratada como suspeita. Porém, ela apresentou versões conflitantes.
Durante depoimento, a mulher afirmou para a polícia a vítima havia ido visitar familiares na Paraíba e não tinha mais notícias.
Em outra versão, ela falou que ele havia desaparecido com outra mulher.
“Ela, com essas mudanças de diversões sobre os fatos, chegou a dizer que ele tinha desaparecido com uma pessoa. Tinha ido embora com uma mulher e, portanto, eles tinham brigado”, disse.
Ao ser questionada sobre os atestados falsos, a mulher não soube explicar e, por isso, a polícia pediu a prisão temporária dela.
Em uma nova oitiva, a mulher confessou ter matado o esposo e deu detalhes de como agiu para ocultar o corpo da vítima.
“Ela trabalhava no setor de saúde, possui formação na área de saúde. Inclusive, quando perguntada sobre uma possível participação de outras pessoas, ela falou que cometeu o crime sozinha porque tem conhecimento na área de anatomia”, afirmou o delegado.
Os restos mortais foram encaminhados para perícia. A polícia investiga o caso.