O número de mortos em decorrência dos terremotos que atingiram o leste do Afeganistão subiu para 2.205, segundo informou nesta quinta-feira (04) o porta-voz do governo do Talibã, por meio de publicação na rede social X (antigo Twitter). O primeiro tremor, de magnitude 6,0, ocorreu no domingo (31) e foi considerado o mais severo na região em anos. Um segundo abalo sísmico foi registrado na terça-feira (2).
De acordo com o Ministério do Interior afegão, a província mais afetada foi Kunar, onde foi registrada a maioria das mortes. O epicentro do primeiro terremoto, segundo o Serviço Geológico dos Estados Unidos (USGS, na sigla em inglês), foi localizado a 27 quilômetros da cidade de Jalalabad, a quinta maior do país, situada na província de Nangarhar.
Em resposta à tragédia, o Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) anunciou o envio de medicamentos, roupas, itens de higiene e outros suprimentos emergenciais às vítimas. A organização também está arrecadando doações por meio de seu site oficial para ampliar o apoio humanitário.
A comunidade internacional começa a se mobilizar diante da tragédia. O Reino Unido anunciou um financiamento emergencial ao Afeganistão para auxiliar nos esforços de socorro e reconstrução.
No Brasil, o Ministério das Relações Exteriores emitiu uma nota na segunda-feira (1º) lamentando a tragédia e expressando solidariedade ao povo afegão. Segundo o Itamaraty, não há registros de brasileiros entre as vítimas. “Neste momento de consternação pelas perdas humanas e materiais decorrentes do abalo sísmico, o Governo brasileiro manifesta suas condolências aos familiares das vítimas, seus votos de plena recuperação aos feridos e sua solidariedade ao povo do Afeganistão”, diz o comunicado.
As autoridades locais continuam os trabalhos de busca e resgate, enquanto milhares de pessoas enfrentam a destruição de casas e infraestruturas básicas em uma das regiões mais vulneráveis do país.
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