Professor de jiu-jítsu é preso após agredir ex-mulher por seis horas
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Professor de jiu-jítsu é preso após agredir ex-mulher por seis horas

29/01/2024 | 15:44 Por Redação MZ Modificado em 29, janeiro, 2024 3:55

Um professor de jiu-jítsu foi preso nesta segunda-feira (29)  por policiais da 27ª DP (Vicente de Carvalho), acusado de agredir e xingar a ex-mulher durante seis horas, período no qual a manteve refém em seu carro. Marcio de Oliveira Barreto, de 54 anos, foi encontrado em casa, no bairro Quintino Bocaiúva, na zona Norte do Rio. Ele foi denunciado pela vítima, a fisioterapeuta Adriana Freitas Barreto, de 48 anos, que conseguiu escapar se jogando do automóvel em movimento após ser espancada, mordida, enforcada, xingada e ter dedos e punhos torcidos.

“Quando eu me joguei do carro, ele não estava em alta velocidade porque já estava clareando, já devia ser umas seis horas da manhã e já tinha gente na rua. Eu abri a janela e comecei a gritar: “Socorro, socorro”. Aí um monte de gente começou a olhar. Acho que foi isso que assustou ele. Foram seis horas de tortura, de meia-noite às seis da manhã. Achei que ele ia me matar”, contou Adriana.

A vítima e o suspeito foram casados por 25 anos e estão separados há um ano e meio. De acordo com a mulher, o ex-marido não aceita seus novos relacionamentos. Nesta sexta-feira, Adriana estava numa festa de amigos em Vicente de Carvalho, na Zona Norte da capital, e, segundo ela, quando viu Marcio, ligou para uma pessoa para pedir que a buscasse.

O professor de jiu-jítsu, então, se aproximou da fisioterapeuta e pegou o celular das mãos dela. Pediu para que os dois conversassem. Adriana concordou. Mas, quando os dois se afastaram, o comportamento dele mudou. De acordo com a mulher, o ex- marido a jogou no chão e começou a agredir com chutes e pontapés.

Adriana contou que foi colocada no carro de Marcio, que seguiu para a Região Serrana. Ele parou num motel em Teresópolis, segundo o relato da vítima, e tentou estuprá-la. Depois, ainda de acordo com a vítima, Marcio decidiu voltar para o Rio. Na altura de Belford Roxo, na Baixada Fluminense, ela aproveitou que o carro estava desacelerando e se jogou no asfalto. Adriana foi socorrida por frentistas de um posto de gasolina próximo.

“Era estrada de serra, então não tinha ninguém, não tinha nem onde eu me abrigar. Então, quando comecei a ver movimentação de gente, eu gritei socorro. Acho que ele se assustou, (ficou com medo) de alguém ir atrás dele, e foi diminuindo a velocidade. Aí eu saltei do carro e fui direto no posto. E foi a única oportunidade que eu tive de correr”, disse ela.

A fisioterapeuta já tinha uma medida protetiva contra o ex-marido, obtida no ano passado após ele ter invadido seu apartamento, tentar roubar seu celular duas vezes e também espancá-la. Os dois moram no mesmo condomínio e ela alegou temer novas agressões.

Adriana passou por exame de corpo de delito na manhã desta segunda-feira no Instituto Médico-Legal (IML), no Centro do Rio. As marcas das agressões continuam em seu rosto e sem seu corpo. A fisioterapeuta afirmou que tem recebido o amparo da família e de amigos.

“Eles estão comigo, graças a Deus”, afirma.

Marcio responderá por lesão corporal, tentativa de estupro, sequestro e descumprimento de medida protetiva. Ele foi encaminhado ao sistema prisional.

Com informações o Globo.

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