Preço dos alimentos dispara e inflação acelera, diz IBGE
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Preço dos alimentos dispara e inflação acelera, diz IBGE

11/06/2024 | 09:54 Por Redação MZ Modificado em 11, junho, 2024 9:54

 

A inflação oficial do país acelerou para 0,46% em abril apontou nesta terça-feira (11) o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). No ano, a inflação acumulada é de 2,27%. Em 12 meses, ficou em 3,93%, acima dos 3,69% observados nos 12 meses imediatamente anteriores.

O resultado veio acima do esperado. A expectativa de analistas era de alta de 0,42% em maio, acumulando em 12 meses alta de 3,89%.

 

“Esse resultado foi pressionado pelos preços dos alimentos e bebidas, que subiram 0,62% na comparação com abril, influenciados, sobretudo, pela alta dos tubérculos, raízes e legumes (6,33%). Dentre eles, destaca-se a batata-inglesa, com aumento de 20,61%, o maior impacto individual sobre o índice geral”, destacou o IBGE

 

Não foi só a batata

Dos nove grupos de produtos e serviços pesquisados, oito tiveram alta em maio. A maior variação veio do grupo Saúde e Cuidados Pessoais, com alta de 0,69%. Já os maiores impactos vieram de Alimentação e bebidas (0,62%) e Habitação (0,67%), com participação de 0,13 ponto percentual e 0,10 ponto percentual, respectivamente, no IPCA de maio. Os demais grupos ficaram entre o -0,53% de Artigos de residência e o 0,50% de Vestuário.

Nos alimentos, além da batata, outros alimentos com grande presença na mesa dos brasileiros também ficaram mais caros em maio, com destaque para a cebola (7,94%), o leite longa vida (5,36%) e o café moído (3,42%). O arroz teve alta de 1,47%.

 

Outros destaques de alta no mês foram os preços da energia elétrica residencial (0,94%), plano de saúde (0,77%) e itens de higiene pessoal (1,04%), com destaque para perfume (2,59%) e produto para pele (2,26%).

 

Já a passagem aérea registrou a primeira alta do ano (5,91%). Houve alta também nos combustíveis, impactada pelo etanol (0,53%), pelo óleo diesel (0,51%) e pela gasolina (0,45%).

 

Expectativas e Selic

O centro da meta oficial para a inflação em 2024, 2025 e 2026 é de 3%, sempre com margem de tolerância de 1,5 ponto percentual para mais ou menos.

 

A pesquisa Focus divulgada na segunda-feira pelo Banco Central junto ao mercado mostra que a expectativa é de que o IPCA encerre este ano com alta acumulada de 3,90%, com a Selic a 10,25%, com um último corte na reunião deste mês do Comitê Política Monetária, de 0,25 ponto percentual. A Selic está atualmente em 10,50%.

 

Parte do mercado, como o banco Itaú, no entanto, avaliam que não há mais espaço para corte de juros em 2024 e que a Selic será mantida em 10,5% na reunião da próxima semana do Copom.

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