A Procuradoria-Geral do Estado do Paraná (PGE) solicitou à Polícia Civil que investigue a invasão ocorrida na Assembleia Legislativa no dia 3 de junho. O incidente aconteceu durante protestos contra o projeto que prevê a terceirização da gestão administrativa de 204 colégios estaduais.
O projeto, que gerou controvérsia, foi aprovado pelos deputados e sancionado pelo governador Ratinho Junior (PSD). Conforme informações da Secretaria de Estado da Educação (Seed), as escolas poderão decidir sobre a terceirização após a realização de consultas públicas.
Em sua representação, a PGE classificou a invasão como uma “conduta antidemocrática” e alegou que o Sindicato dos Trabalhadores em Educação Pública do Paraná (APP-Sindicato) incentivou a ocupação, com o objetivo de interromper as atividades da Assembleia.
Durante a sessão em que o projeto foi discutido, apenas um grupo tinha permissão para entrar, mas professores, servidores e alunos ultrapassaram o portão de entrada, quebraram uma porta de vidro e ocuparam as galerias. O procurador-geral do Estado, Luciano Borges, afirmou que ações que impedem o funcionamento dos poderes constituídos não são democráticas e devem ser investigadas.
Por outro lado, a presidente da APP-Sindicato, Walkíria Olegário, defendeu que a invasão não interferiu na sessão legislativa, que continuou de forma remota após a retirada dos deputados. Ela alegou que não houve intenção de paralisar os trabalhos e acusou o governo de tentar criminalizar o movimento.
A investigação está a cargo do Centro de Operações Especiais da Polícia Civil (Cope), que tem 30 dias para concluir o inquérito. A polícia já iniciou a coleta de depoimentos e está focada na análise das imagens do ocorrido.
Com informações: G1 Paraná