Delatado à Polícia Federal como mandante da morte de Marielle Franco, Domingos Brazão atuava com desenvoltura no espectro do Centrão da política fluminense, antes de virar conselheiro do TCE-RJ. Na última eleição presidencial na qual pôde se manifestar, declarou apoio à reeleição de Dilma Rousseff, em 2014.
Na eleição em que Domingos Brazão apoiou Dilma, o MDB “rachou” estrategicamente. Parte da sigla optou pelo apoio à petista, e outra, pelo então candidato Aécio Neves (PSDB). Jorge Picciani, por exemplo, divergiu de Brazão e declarou apoio ao tucano.
Dessa forma, o MDB conseguiria garantir participação no futuro governo, independentemente de quem fosse escolhido presidente da República. Em maio, Domingos Brazão havia sido apontado como o mandante da morte de Marielle por um dos investigados.